Mark Zuckerberg confrontado com a morte de crianças por causa da tecnologia

Denúncias diárias sobre abuso infantil online aumentaram dez vezes nos EUA.

01 de fevereiro de 2024 às 01:30
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Os CEO das principais empresas detentoras de redes sociais presentes em todo o Mundo foram esta quarta-feira ouvidos pelo Congresso norte-americano numa audiência destinada à elaboração da nova legislação federal para proteger as crianças do mundo online. O comité judicial do Senado interrogou Linda Yaccarino, CEO do X, anteriormente conhecido como Twitter, Shou Chew, do TikTok, Evan Spiegel, cofundador e CEO da Snap – empresa que controla o Snapchat -, Mark Zuckerberg, fundador 

e CEO da Meta (Facebook e Instagram), e Jason Citron, 

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da Discord, sobre a exploração sexual de crianças online e sobre a exclusão de conteúdos ilegais das plataformas.

Num dos momentos mais ‘quentes’ da audição, o senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, partilhou uma história sobre um jovem que se suicidou após ser alvo de exploração online e concluiu a exposição dirigindo-se ao criador do Facebook com uma acusação grave: “Sr. Zuckerberg, sei que você não pretendia que fosse assim, mas você tem sangue nas mãos. Tem um produto que está a matar pessoas”, disse Graham. O presidente do comité, Dick Durbin, apelidou o atual cenário de “crise”, criada por tecnologia que dá aos predadores “novas e poderosas ferramentas para atingir as crianças”, devido ao seu “fracasso em investir adequadamente na segurança” e à sua “busca constante de lucro”.

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Nos EUA, as denúncias diárias sobre abuso sexual infantil online aumentaram dez vezes nos últimos 10 anos, atingindo os 100 mil relatos diários em 2023. A audiência decorre numa altura em que vários movimentos de pais estão a processar as redes sociais. O Snapchat, por exemplo, está envolvido numa ação coletiva na Califórnia, por parte de pais que dizem ter perdido os filhos por envenenamento por fentanil e overdoses de comprimidos comprados na rede.

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