Multa recorde não trava lucro de 10,8 mil milhões da Google
Empresa fechou primeiro semestre com receitas 54,5 mil milhões de euros.
Nem os escândalos de privacidade, nem as milionárias multas por abuso de posição dominante fazem diminuir o crescimento e domínio da Alphabet no mercado tecnológico mundial.
No primeiro semestre deste ano, o grupo que detém a Google e o Youtube apresentou um lucro de quase 10,8 mil milhões de euros, mais 40,7% do que o registado no mesmo período do ano passado, quando conseguiu 7,6 mil milhões.
A faturação registou uma variação homóloga de 25,7%, para 54,5 mil milhões de euros. E só em publicidade os proveitos da Google cresceram 24%, para um total de 46,7 mil milhões de euros, quase 86% das receitas totais da multinacional norte-americana.
Os resultados da Alphabet, liderada desde 2015 por Larry Page, já refletem a multa recorde aplicada na semana passada pela Comissão Europeia - de 4,34 mil milhões de euros - por causa do sistema operativo para telemóveis Android.
Isto apesar da tecnológica ter revelado que vai recorrer desta decisão. A multa aumentou consideravelmente os custos da holding que detém a Google.
Contudo, isso acabou por não afetar os resultados das suas contas semestrais. Como, de resto, comprava a decisão de aumentar os dividendos relativos ao semestre entre janeiro e junho a atribuir aos seus acionistas.
Assim, os investidores vão receber 17,89 dólares (15,27 euros, ao câmbio atual) por ação, mais 40,4% do que no mesmo período de 2017, quando embolsaram 12,74 dólares (10,88 euros) por título.
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