Número de jornalistas presos e mortos em serviço aumenta em 2022
Este ano já foram detidos em trabalho 533 profissionais e mortos 57, sobretudo na guerra na Ucrânia.
No dia 1 de dezembro, mais de metade dos jornalistas presos em todo o Mundo encontravam-se em cinco países: China (110); Myanmar (antiga Birmânia, 62); Irão (47); Vietname (39) e Bielorrússia (31). Os números foram avançados esta quarta-feira pela organização não governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras, que adiantou que só este ano foram detidos 533 profissionais da comunicação social: um novo máximo. No ano passado, tinham sido detidos 488 – um recorde que já era histórico.
O Irão é o único país que não constava da lista negra em 2021, indicou ainda a estrutura de defesa da liberdade de imprensa, sediada em Paris, e que mantém este registo anual desde 1995. Segundo o secretário-geral da ONG, Christophe Deloire, em 20 anos, a República Islâmica deteve um número “sem precedentes” de profissionais da comunicação social. “Os regimes ditatoriais e autoritários estão rapidamente a encher as prisões com jornalistas”, afirmou, notando, ao mesmo tempo, um número sem precedentes de mulheres jornalistas presas: 78. No ano passado, eram 60. “As mulheres representam atualmente quase 15% de todos os jornalistas detidos, em comparação com menos de 7% há cinco anos”, contabilizou Christophe Deloire.
Também o número de jornalistas mortos em serviço está a aumentar, nomeadamente devido à guerra na Ucrânia. Em 2020 morreram a trabalhar 50 repórteres, e no ano passado 48. Este ano, são já 57.
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