O substituto de Jon Stewart
Trevor Noah substitui Jon Stewart no 'The Daily Show'.
Faz parte da equipa do The Daily Show há pouco mais de três meses e, aos 31 anos, vai passar a sentar-se na cadeira que pertenceu a Jon Stewart nos últimos 16 anos. Estamos a falar de Trevor Noah, praticamente um desconhecido do público norte-americano e europeu.
Com apenas três aparições no programa da televisão norte-americana Comedy Central, onde protagonizava as sátiras sobre o ébola, o Boko Haram e a violência racial, o comediante sul-africano recebeu uma enorme e inesperada promoção. Na segunda-feira, os responsáveis daquele canal anunciaram que Noah é o sucessor de Stewart, que vai abandonar a apresentação do programa no final deste ano.
A escolha deste recém-chegado à televisão norte-americana para apresentar o The Daily Show promete dar uma vitalidade mais jovem e pontos de vista mais internacionais ao programa.
Quem é Trevor Noah?
O nome é praticamente desconhecido tanto para o público norte-americano como para os fãs europeus do The Daily Show, mas Noah já tem um currículo capaz de falar por si.
"Não tive uma vida normal. Cresci num país que não era normal", disse ao jornal norte-americano New York Times. Nasceu em 1984, filho de mãe negra e de pai branco, cuja união era ilegal na África do Sul durante o regime racista do apartheid. "A minha mãe teve que esconder quem era o meu pai, ele não podia estar no meu registo de nascimento", afirmou Noah.
Quando começou a fazer comédia no seu país, Trevor Noah tinha pouco mais de 20 anos. Nessa altura estava consciente de que "falar abertamente sobre tudo, enquanto pessoa de cor, era considerado traição".
A sua capacidade para falar seis línguas de forma fluente destacou-o dos outros de imediato e catapultou-o para outros palcos, levando-o aos Estados Unidos. Tornou-se, em 2012, no primeiro comediante sul-africano a aparecer nos programas de horário nobre da televisão norte-americana. Em 2013, chamou a atenção de Jon Stewart, o cérebro do The Daily Show
"Ele traz uma perspetiva global única e um conhecimento muito profundo da natureza humana, o que torna a comédia dele tão forte", considerou Michele Ganeless, a presidente da Comedy Central.
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