Pedido de desculpas de Zuckerberg não convence Europa

Criador da rede social admite: “Cometemos um erro e lamento-o”.

23 de maio de 2018 às 01:30
Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, com Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu Foto: EPA
Mark Zuckerberg Foto: Direitos Reservados
Zuckerberg Foto: Reuters
marck zuckerberg Foto: Reuters
Mark Zuckerberg, criador do Facebook Foto: Getty Images

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Esta terça-feira o tempo foi o maior aliado de Mark Zuckerberg. Ouvido no Parlamento Europeu sobre o uso indevido de dados pessoais de milhões de utilizadores do Facebook pela Cambridge Analytica, o criador da rede social começou por repetir o discurso adotado perante o congresso dos Estados Unidos.

"Não fizemos o suficiente para evitar que estas ferramentas [do Facebook] fossem erradamente usadas, e isso inclui notícias falsas, ingerências em eleições de outros países, ou o uso indevido da informação pessoal dos utilizadores. Cometemos um erro e lamento-o", disse.

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O pedido de desculpas, porém, não convenceu os eurodeputados que confrontaram Zuckerberg com muitas outras questões. Suspeitas de monopólio, indemnizações para os utilizadores lesados e origem dos lucros do Facebook foram alguns dos temas que deixou sem resposta (ficou a promessa de responder por escrito) e, apesar dos protestos dos eurodeputados, não aceitou ir além dos 15 minutos de tolerância.

Zuckerberg focou-se em dizer que está "muito comprometido com a Europa" e que está a utilizar a Inteligência Artificial para detetar "perfis falsos e conteúdos impróprios", embora reconheça que as mudanças vão demorar "algum tempo".

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O fundador do Facebook disse ainda estar preparado para cumprir o novo Regulamento de Proteção de Dados, que entra em vigor sexta-feira, e sublinhou que paga impostos na Europa, onde terá cerca de dez mil trabalhadores até ao final do ano.

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