Precários da RTP em luta pelo vínculo
Estação pública continua a não integrar no quadro 130 colaboradores ao abrigo de um plano.
Os cerca de 400 precários que existem nos vários departamentos da RTP, mediante emissão de recibos verdes, decidiram parar esta segunda-feira em todos os turnos.
"Hoje não colaboramos", foi o lema dos trabalhadores da rádio e televisão estatal que se concentraram em frente à sede, na Av. Marechal Gomes da Costa, e assim chamaram a atenção da administração do grupo de media, e também da opinião púbica, para o seu problema laboral.
A maioria dos recibos verdes cobre necessidades permanentes de serviço, trabalha por turnos e cumpre as mesmas tarefas que os colegas do quadro, mas continua à espera de ver reconhecidos os seus direitos.
A atual administração da RTP previa, através de um plano negociado no âmbito das comissões de avaliação bipartida, integrar nos seus quadros em 2018 um total de 159 colaboradores, mas, subitamente e a meio do processo, reavaliou 29 processos a que tinha dado parecer positivo e mudou-os para negativos, pretendendo neste momento apenas considerar 130 candidaturas de precários para integração futura nos quadros.
Recorde-se que, no universo dos quase 400 precários existentes na empresa, 344 se candidataram ao plano de integração, tendo apenas 159 conseguido luz verde da anterior administração, e 29 desses profissionais acabaram por ser excluídos.
A administração, liderada por Gonçalo Reis, tem-se recusado a integrar os precários, alegando pulverização de acórdãos de vários tribunais de trabalho.
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