Supervisores da RTP já custaram 80 mil euros
Membros do conselho que supervisiona a administração da RTP recebem 500 euros por cada reunião presencial.
O Conselho Geral Independente (CGI) da RTP custou, até ao fim do ano passado, quase 80 mil euros aos cofres da empresa pública.
O montante foi revelado ao CM por fonte oficial do organismo, que especificou ainda os valores brutos pagos aos seus membros em senhas de presença pelas reuniões realizadas desde a criação pelo anterior Governo desta entidade que supervisiona a atividade da RTP e o conselho de administração: 19 410 euros em 2014, 32 604 euros em 2015 e 27 530 euros em 2016. O valor correspondente a este ano ainda não é conhecido.
Estes montantes, que pela primeira vez são tornados públicos, não estão especificados nos relatórios e contas ou nos relatórios de sociedade da RTP. O grupo público promete corrigir a situação nos próximos documentos e garante que "a remuneração anual dos membros do CGI é a que foi estipulada pelo acionista Estado [500 euros por reunião presencial, mais despesas com deslocações] e é suportada pelo orçamento da RTP".
Entre 2014 e 2016, António Feijó, Simonetta Luz Afonso, Diogo Lucena, Ana Lourenço (indigitada pelo Governo), Manuel Pinto (Conselho de Opinião) e Álvaro Dâmaso (cooptado) integraram este órgão. Só Diogo Lucena e Simonetta Luz Afonso não receberam qualquer remuneração, por "questões legais".
Da atividade do CGI no último ano pouco mais é conhecido do que a produção de um relatório anual sobre o cumprimento do projeto estratégico para a RTP.
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