Trabalhadores da RTP Porto manifestam-se segunda-feira contra "flagelo da precariedade"

De um total de quase 400 requerimentos apresentados neste programa, só cerca de 130 trabalhadores tiveram parecer favorável à integração.

15 de dezembro de 2018 às 16:06
RTP Foto: David Martins
RTP Foto: Tiago Sousa Dias
RTP, televisão Foto: Direitos Reservados

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Os trabalhadores da RTP no Porto vão manifestar-se na segunda-feira para "dizer basta" ao "flagelo da precariedade" na estação pública, nomeadamente após pareceres negativos para integração de trabalhadores precários no programa PREVPAP.

Em comunicado este sábado divulgado, a Subcomissão de Trabalhadores, que representa os funcionários da delegação do Porto, apela à participação no protesto de segunda-feira, pelas 15h00, em frente às instalações da RTP naquela cidade.

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"Vamos manifestar-nos, a uma só voz, para acabar de vez com o flagelo da precariedade na empresa. Vamos juntar-nos e dizer basta", sublinha a estrutura.

Em causa estão os pareceres negativos no âmbito do programa de regularização extraordinária dos vínculos precários na Administração Pública (PREVPAP).

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De um total de quase 400 requerimentos apresentados neste programa, só cerca de 130 trabalhadores tiveram parecer favorável à integração.

Segundo a subcomissão, ao elaborar os pareceres para a Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) de Cultura, a administração da RTP "deu massivamente pareceres negativos à integração de trabalhadores que iriam suprir as necessidades mais evidentes", funcionários estes ligados aos programas Praça da Alegria e Aqui Portugal, às áreas técnicas dos turnos de informação, às equipas vídeo móvel e à área técnica e redação da rádio.

"A empresa decidiu dar um sinal inequívoco do seu pensamento estratégico, não só sobre a política para os recursos humanos que (não) tem mas, igualmente, o modo como (não) pensa o importante papel do centro de produção do norte no contexto da prestação de serviço público de rádio e de televisão", lamenta a estrutura.

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Recordando que estas são "áreas estão subdimensionadas", a subcomissão adianta que, "infelizmente", caiu "a máscara à administração da RTP".

No início de novembro, cerca de meia centena de jornalistas, tradutores, locutores, repórteres de imagem, entre outros trabalhadores precários do universo RTP, protestaram em frente à sede da estação televisiva, em Lisboa, contra a falta de respostas do Governo sobre a sua integração.

Já esta semana, na quarta-feira, os trabalhadores da RTP aprovaram, em plenário, a realização de uma greve como forma de luta.

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Em causa estão os aumentos salariais dos trabalhadores da estação pública, congelados há 10 anos, a perspetiva de requalificação dos profissionais ou a demora da integração dos precários como efetivos.

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