Tribunal dá razão à RTP no caso de Hugo Cadete

Hugo Cadete foi suspenso depois de ser acusado de olhar "fixamente" para o seu superior hierárquico Hélder Silva.

23 de outubro de 2025 às 01:30
A sede da RTP Foto: Pedro Catarino
Hélder Silva Foto: Direitos Reservados
Hugo Cadete, Jornalista Foto: DIREITOS RESERVADOS

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O Tribunal Judicial da Comarca do Porto deu razão à RTP na queixa apresentada pelo jornalista Hugo Cadete, suspenso após ser acusado de olhar de forma ameaçadora para um superior hierárquico, Hélder Silva.

O juiz considerou a ação “totalmente improcedente” e em consequência absolveu a estação, mantendo a sanção disciplinar aplicada pela empresa de “três dias de suspensão efetiva do trabalho com perda de vencimento e de antiguidade”, aplicada a Hugo Cadete.

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Recorde-se que o jornalista foi suspenso a 19 de outubro de 2022 pela administração da RTP, acusado de ter “olhado fixamente” para o seu superior, Hélder Silva, no parque de estacionamento da empresa, atitude que, segundo o acordão ao qual o CM teve acesso, se somou a “um conjunto de comportamentos e atitudes”, em relação a colegas e superiores hierárquicos que criaram “um ambiente intimidativo, hostil e desestabilizador”. Tal conduta terá tido origem na discordância do jornalista relativamente a questões contratuais, remuneratórias e de enquadramento profissional, que inclusivamente já tinham sido objeto de uma outra ação judicial.

O episódio com Hélder Silva deu origem a um processo disciplinar interno que Hugo Cadete procurou impugnar através dos tribunais, depois de ter estado seis meses suspenso à espera da conclusão do mesmo. O jornalista exigia ainda que a RTP limpasse a sua ficha disciplinar. Todavia, o tribunal considerou agora que o trabalhador agiu de forma “consciente e premeditada” para “confrontar” e “intimidar” o Conselho de Administração e a Direção de Informação da RTP” e que a “forma” e a “linguagem” como se dirigiu a estes foi “excessiva” e “inapropriada”. Contactado pelo CM, o jornalista diz estar “a analisar o acordão”, avançando que pretende “recorrer para o Tribunal da Relação”.

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