Venda do Twitter gera uma guerra de milhões

O Twitter, uma das mais importantes redes sociais do mundo, está a gerar uma verdadeira batalha entre gigantes tecnológicos pela sua compra. De acordo com o canal norte-americano CNBC, a Google é a mais forte candidata à aquisição da rede social de mensagens instantâneas e deverá apresentar mesmo uma proposta formal nos próximos dias.

De resto, várias fontes indicam que o conselho de administração do Twitter está aberto à possibilidade de venda da empresa até ao final do ano, o que poderá facilitar as negociações.

A concretizar-se, este negócio permitiria à Google ganhar um novo impulso no mercado das redes sociais, no qual tem tido dificuldades em penetrar, e permitirá ao Twitter voltar a alargar a sua base de utilizadores, estagnada há vários meses.

A rede social seria ainda utilizada pela Google - que tem estado envolvida em vários escândalos de fuga aos impostos e é acusada pelos autoridades europeias de abuso de posição dominante - como uma plataforma de media. Recorde-se que o Twitter anunciou recentemente que vai passar a transmitir partidas de futebol americano.

Mas não é apenas a Google que está na corrida. A Microsoft, a Verizon e a empresa de software Salesforce também têm mostrado interesse na aquisição da rede social conhecida pelas mensagens limitadas a 140 caracteres. As notícias de ontem fizeram com que as ações do Twitter disparassem mais de 22%, para 22,10 dólares (19,70 euros). A empresa está avaliada em 13,3 mil milhões de dólares (11,9 mil milhões de euros).

Lançado em julho de 2006, o Twitter tem 310 milhões de utilizadores ativos e emprega 3900 pessoas. Em Portugal, segundo um estudo da Marktest, o Twitter é a sexta rede social mais utilizada (taxa de penetração de 23,6%), atrás do Facebook (93,6%), do YouTube (41,4%), Google+ (40,2%), LinkedIn (37,3%) e Instagram (28,9%).