Zuckerberg fatura 13 mil milhões com esquemas fraudulentos
Em causa estão produtos falsificados, criptomoedas, casinos online ilegais ou a venda de produtos médicos proibidos.
A Meta, empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, de Mark Zuckerberg, obteve 13 mil milhões de euros em receitas na sequência de anúncios associados a esquemas fraudulentos, produtos falsificados e esquemas de criptomoedas. O valor representa cerca de 10 por cento das receitas totais da empresa. A notícia é avançada pela agência Reuters que teve acesso a um relatório interno da empresa. “Os documentos mostram que a Meta tinha consciência de que uma fatia significativa dos seus lucros era gerada por publicidade ilícita”, revela a Reuters que adianta que os reguladores norte-americanos e britânicos, nomeadamente a Securities and Exchange Commission (SEC) e a Financial Conduct Authority (FCA), já entraram em ação e estão a investigar.
Em causa, estão, por exemplo, anúncios de "esquemas fraudulentos de comércio eletrónico e de investimento, casinos online ilegais e a venda de produtos médicos proibidos". A dimensão do problema é tal que investigadores da própria empresa calcularam que as suas aplicações "estiveram envolvidas num terço de todas as burlas bem-sucedidas nos EUA".
De acordo com a agência noticiosa, a Meta terá permitido a difusão diária de cerca de 15 mil milhões de anúncios de alto risco, removendo apenas aqueles cuja fraude era confirmada com 95% de certeza.
Em reação ao relatório, a Meta já fez saber que a estimativa de 10% da receita proveniente de anúncios fraudulentos era "aproximada e excessivamente inclusiva", não revelando, no entanto, o valor real. O porta-voz, Andy Stone, garante mesmo que este ano, a Meta já removeu mais de 134 milhões de conteúdos publicitários fraudulentos.
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