A edição de hoje
Os amantes e estudiosos da televisão no Brasil contam desde esta semana com um importante instrumento de preservação da memória televisiva, um dicionário da TV Globo lançado oficialmente segunda-feira no Rio de Janeiro e quarta-feira em São Paulo.
Com quase mil páginas, o livro, que nesta primeira edição tem uma tiragem de 15 mil exemplares, conta a história da emissora desde a sua fundação, em 1965, até aos dias de hoje, através do seu riquíssimo acervo de produções.
Ao longo de imperdíveis 1500 verbetes e mais de 750 ilustrações, a obra revisita a caminhada da Globo desde a primeira novela, nessa altura apresentada ao vivo e em directo pois não havia ainda videotape, o primeiro programa de auditório, até às superproduções da actualidade, com meios técnicos e humanos muito próximos dos de grandes estúdios cinematográficos norte-americanos.
O dicionário é claramente uma obra institucional e está recheado de informações, de datas e horas de exibição de cada programa até detalhes técnicos, recortes de imprensa da época sobre essas producções e testemunhos de profissionais de diversas áreas sobre as mesmas.
Produzido com isenção e muito critério, o livro não privilegia nem dirigentes, nem autores, actores ou outros profissionais envolvidos nestas quase quatro décadas de fabricação de sonhos, transmissão de cultura e opção de entertenimento, antes direccionando o seu foco para as próprias obras numeradas.
Neste primeiro volume, as áreas abrangidas são a dramaturgia e o entertenimento, mas já está em preparação um segundo volume, que abordará os programas desportivos e jornalísticos.
A cada uma das duas cerimónias estiveram presentes alguns seleccionados convidados (entre os quais o Correio da Manhã), nomeadamente actores, autores, apresentadores e outros profissionais da área. Nas duas ocasiões, jornalistas da emissora comandaram debates sobre a importância da televisão como factor de promoção social e meio de diversão.
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