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Agressão sexual

Lara Logan, correspondente da CBS e repórter de ‘60 Minutos’, foi sexualmente agredida quando fazia a cobertura dos festejos na praça Tahrir, no Cairo, após a renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak, na passada sexta-feira. <br/>

17 de fevereiro de 2011 às 00:30

Logan, 39 anos, casada e mãe de duas crianças, separou-se da sua equipa ao ser rodeada por uma multidão de cerca de 200 pessoas. Na confusão, foi agredida e "sofreu um ataque sexual brutal e ininterrupto", revelou a CBS em comunicado.

A agressão durou entre 20 e 30 minutos, tendo a repórter sido salva por um grupo de mulheres e militares. Na manhã seguinte, regressou aos EUA, onde deu entrada no hospital. A jornalista recupera agora em casa.

Márcia Rodrigues, editora de política internacional da RTP e enviada ao Cairo, não ficou surpreendida. "Nessa noite, eu e o Carlos Matias [repórter de imagem] fomos ameaçados. No meio da multidão, dois indivíduos vieram ter connosco dizendo: ‘Go! Go! Go!’ [Vão! Vão! Vão!], ao mesmo tempo que faziam o gesto de cortar a cabeça. Fizemos a reportagem e saímos dali", conta a repórter, que nunca se sentiu tão ameaçada.

"Não sendo um cenário de guerra, nunca pensei que fosse tão perigoso. De tal forma que os jornalistas tiveram de ser retirados do hotel e protegidos por colunas militares, porque os manifestantes disparavam sobre as janelas."

Márcia Rodrigues revela que apanhou vários sustos no Egipto. "Eles cercavam-nos, agarravam--nos, tiravam-nos os microfones. Uma vez fiquei presa no meio da multidão, quase a sufocar. Fui salva por um manifestante, que me atirou para o outro lado da cerca. Tive muita sorte."

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