page view

Apresentadora da CNN denuncia "manipulação" e "bullying" na estação televisiva

Problemas começaram a surgir quando Brooke Balwin foi transferida de Atlanta para Nova Iorque.

24 de abril de 2024 às 23:09

Brooke Baldwin, antiga apresentadora da CNN, revelou pormenores sobre a "manipulação" e "intimidação" por parte dos homens que tinha como colegas, nos meses antes de sair da estação televisiva, após 13 anos de trabalho, avança a Fox News.

De acordo com a mesma fonte, os problemas começaram a surgir quando esta foi transferida de Atlanta para Nova Iorque, mas o produtor executivo ficou para trás.

"O meu produtor fez-me sentir que não podia fazer entrevistas de grande impacto sem ele. Ou, talvez, eu tenha permitido que ele fizesse sentir que eu não podia dar entrevistas de peso sem ele", refere. 

Assim, para Baldwin tudo mudou em 2015, quando Donald Trump ganhou as eleições. "Tudo mudou para mim no dia em que, em 2015, Donald Trump desceu aquela escada rolante", diz.

Nos anos a seguir notou que começou a ficar fora dos alinhamentos das notícias e a forma como as notícias eram cobertas também tinha mudado.

Em 2019 tentou falar com o antigo presidente da CNN, Jeff Zucker, para que o seu produtor fosse retirado da equipa, tal como tinha acontecido com um outro colega, mas o seu pedido foi negado. Após algumas semanas, Baldwin foi novamente chamada ao escritório e refere que o antigo presidente a ameaçou.

"Podia dar o teu programa a alguém em Washington amanhã, mas não o farei... porque acredito que és a melhor emissora desta rede", refere.

Segundo a Fox News, mais tarde Brooke foi afastada do ar durante dois meses durante as eleições presidenciais de 2020 e, quando voltou ao ar, refere que Jeff Zucker tinha reduzido o tempo que tinha no ar para metade. Já em janeiro de 2021, começou a ser forçada a sair sem qualquer explicação.

"A parti desse momento, depois de passar 13 anos na CNN, Jeff nunca mais falou comigo", escreveu. "Nem o meu antigo produtor executivo, que acabou por ser transferido para outro programa e depois acabou por ser promovido", atira.

"Demorei quase três anos a sentir a raiva, a acolher o medo e a reconhecer que em todos os meus silêncios, em todas as minhas capacidades, a pessoa que mais me traiu fui eu", diz Baldwin.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8