Raquel e Renata Sorrah apenas possuem uma semelhança – ambas são movidas pela paixão, garante a actriz.
Renata Sorrah entrou a meio da telenovela de Euclydes Marinho e, quando todos os actores já estavam sincronizados com as suas perso-nagens, ela ainda procurava o tom que deveria dar ao papel que tinha entre mãos, a aventureira “Raquel”. “É difícil não crescer junto com os outros, que já têm o domínio de batimentos e emoções”, diz.
A actriz confessa que há muito tempo não se divertia tanto com uma personagem. O facto de contracenar com os irreverentes homossexuais “Ariel”, “Tadeu” e “Bill” – respectivamente José Wilker, Otávio Muller e Evandro Mesquita -, do texto ser leve e os improvisos nas gravações arrancarem gargalhadas, fizeram com que Renata Sorrah se sentisse inserida no núcleo mais cómico do argumento. “Esse núcleo é o pulmão da novela. Por isso, com uma personagem que tem uma história dramática, procuro dar um tonzinho de humor”, salienta.
“Raquel” é uma mulher moderna, que gosta de desportos radicais, como rappel, e viajou pelo mundo inteiro numa moto Harley-Davidson, sempre com roupas de couro ou saias esvoaçantes. A leveza com que actriz encara a personalidade “Raquel” é similar que utilizou na interpretação de “Eva”, da telenovela “Andando Nas Nuvens”, também de Euclydes Marinho.
As diferenças entre actriz e personagem são muitas. A motoqueira “Raquel” abandonou a filha “Patty” (Natália Rodrigues) ainda bebé, por se ter apaixonado por um homem, e vive sem qualquer profissão. Renata Sorrah nunca se separou da sua filha de 21 anos e entrega-se ao seu trabalho com dedicação.
Mesmo assim, a actriz defende a mulher que interpreta: ”Raquel segue os seus desejos, é apenas independente. Uma mulher do mundo, livre.”
A concluir actriz diz ter conseguido uma certa intimidade com “Raquel”. Refere mesmo que no final da telenovela, a personagem deveria levar “Patty” para uma longa viagem, como por exemplo para a Índia ou para África.
A trabalhar para a Rede Globo desde 1970, durante as gravações de “Desejos de Mulher”, que decorreram no Rio de janeiro, Renata Sorrah participava também na peça “Jantar Entre Amigos”, de Felipe Hirsch, em São Paulo.
A actriz disse sentir-se fadigada e a precisar urgentemente de férias, para ficar em silêncio e viajar. “Estou cansada. Tenho feito muitos trabalhos. É como se eu tivesse esvaziado. Preciso preencher-me”.
Para além da telenovela e da peça, a actriz aproveitou o poucou tempo livre para estudar dois textos para teatro, com estreia prevista ainda para este ano.
Renata Sorrah fez dois anos de Psicologia em 1967, altura em que se ligou pela primeira vez ao teatro. “Ter estudado Psicologia ajuda-me até hoje a encontrar a alma dos meus personagens”.
Agora com 55 anos, recorda os pontos altos da sua já longa carreira: “Pilar Batista”, de “Pedra Sobre Pedra”; a proxeneta “Zenilda”, de “ A Indomada”, ambas de Aguinaldo Silva. Relembra também a interesseira “Leonor”, de “Brilhante”, e ainda a mitológica alcoólatra “Heleninha Roitman”, de “Vale Tudo”, duas telenovelas de Gilberto Braga.
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