A edição de hoje
Novos assessores terão de rescindir o contrato de trabalho.
A escolha de Maria João Ruela e Luís Ferreira Lopes para assessores do novo Presidente da República esbarrou com um obstáculo inesperado. Segundo apurou o CM, esta sexta-feira chegou à Casa Civil do Chefe de Estado a recusa da Impresa em autorizar a requisição de serviços dos dois jornalistas. No caso de Ferreira Lopes, escolhido para assessor na área de Empresas e Inovação, o pedido da Presidência da República (PR) tem cerca de 15 dias, mas só esta sexta-feira foi recebida a resposta formal por parte da dona da SIC. Já o caso de Maria João Ruela é mais recente, mas a resposta negativa chegou, também, esta sexta-feira.
Com esta recusa, resta aos profissionais que queiram fazer parte da equipa de Marcelo Rebelo de Sousa chegar a acordo com a entidade patronal, ou rescindir unilateralmente o contrato de trabalho com a empresa agora liderada por Francisco Pedro Balsemão, filho de Francisco Pinto Balsemão.
Esta decisão da Impresa está a ser interpretada como uma afronta à PR, que não pode ser desassociada do antagonismo que separa Pinto Balsemão de Rebelo de Sousa e que dura há mais de 36 anos, desde a altura em que Balsemão, como primeiro-ministro, chamou Marcelo para o governo com a pasta dos Assuntos Parlamentares. Marcelo deu várias entrevistas a criticar o executivo e acabou por demitir-se, pouco antes das eleições autárquicas.
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