Na criminologia portuguesa do último meio século não há homicida mais bárbaro e misterioso do que José Domingues Borrego. Fez uma aparição sanguinária na vida lisboeta do Outono de 1970 e antes do Inverno do ano seguinte acabou ele próprio com a sua vida numa cela da penitenciária.
Pelo meio, e depois de um lauto almoço de bacalhau com batatas, sobre o qual se queixou da falta de azeite ao director da Polícia Judiciária, confessou dois horrendos crimes de morte, o suficiente para uma pena de 30 anos de prisão maior, de que não cumpriu sequer 364 dias.
'O Caso Borrego' é o primeiro livro da série 'Arquivos do Crime – Casos Reais', compilados por Artur Varatojo, e que o Correio da Manhã disponibiliza a todos os seus leitores pelo reduzido preço de 2 euros e 95, além do preço do jornal. Trata-se de um trabalho de grande interesse e leitura muito fácil a que Artur Varatojo habituou todos os seus fiéis leitores e telespectadores.
José Domingues Borrego, nascido a 13 de Abril de 1927, na aldeia de Aranhas, concelho de Penamacor, na Beira Baixa, foi um dos presos que Artur Varatojo conheceu pessoalmente. Segundo conta, era impressionante o tamanho das suas mãos, com as quais perpetrou, em primeira análise, os dois homicídios que o levaram à condenação. A sentença confirmou os assassínios de Leonel Abrantes Cunha, na noite de 13 de Outubro de 1970, e de José Pedro Reis, também conhecido por 'Sanduga', na madrugada de 16 de Novembro de 1970. No livro feito com base no processo de investigação policial, Artur Varatojo relata os pormenores deste caso real que chocou os portugueses depois de os restos estrangulados da segunda vítima terem sido descobertos num cacifo da muito frequentada estação de barcos Sul e Sueste, ao Terreiro do Paço, em Lisboa. E lembra também como José Domingues Borrego foi maltratado ainda criança por ter perdido uma das cabras que pastoreava pelas serranias beirãs, quando não tinha mais de uns seis anos de idade.
Para esta série de 'Arquivos do Crime-Casos Reais', Artur Varatojo escolheu apenas criminosos já falecidos, no sentido de não intervir em decisões judiciais ou perturbar a vida pessoal de quem quer que seja. O destaque será dado aos mais célebres criminosos do século XIX, desde a vigarista 'Giraldinha' ao sanguinário Diogo Alves, prosseguindo com envenenadores como Virgínia e o dr. Urbino de Freitas, o famoso José do Telhado e Manuela, a 'marechala do crime', até se acabar com os casos de raptos de crianças em Portugal.
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