A estreia da telenovela ‘Chiquititas’ ficou muito aquém do que seria de esperar, para a propaganda que esta adaptação argentina, produzida por Teresa Guilherme para a SIC, mereceu nas semanas que antecederam o primeiro episódio, transmitido anteontem.
Nesse dia, ‘Chiquititas’, apesar de exibida em horário nobre, obteve um mero 11.º lugar na lista dos programas mais vistos, com 19,2% de share e 699 mil telespectadores.
A respeito da estreia de ‘Chiquititas’, o director de Programas da SIC, Francisco Penim, faz uma análise ao CM: “‘Chiquititas’ constitui um marco na visão estratégica da SIC, ao passar a ter no ar, em simultâneo, três novelas produzidas em Portugal. Espero que o público goste, siga a narrativa e se encante com as crianças da novela e as aventuras de Lili”.
Se o público se irá deixar contagiar pela alegria e aventuras de ‘Lili’ iremos ver, com o tempo. Mas um facto é que o arranque da história cativou uma minoria, pelo menos se comparado com o episódio diário de ‘Ilha dos Amores’, também transmitida em horário nobre, mas na TVI.
Com efeito, na noite de estreia de ‘Chiquititas’, e com poucos minutos de diferença, a telenovela protagonizada por Sofia Alves e Marco de Almeida que lidera as audiências desde a sua estreia, a 26 de Março deste ano, ficou no topo da tabela. Foi vista por 1.662 milhões de telespectadores e registou um share de 46,1%. A diferença em relação a ‘Chiquititas’ é enorme e parece denotar pouca apetência do público em geral, e até do público preferencial, crianças e jovens, em conhecer a nova história de encantar da ama boazinha, que parte em auxílio dos menores desamparados.
Se comparada com uma história similar, ‘Floribella’, também da SIC, a diferença na noite de estreia foi notória. No dia 31 de Março de 2006 a estreia do conto de fadas protagonizado por Luciana Abreu conquistou 1.067 milhões de telespectadores.
Aliás, ‘Chiquititas’ segue a linha de ‘Floribella’, ambas da autora argentina Cris Morena, com muitas crianças num orfanato e uma cativante ama com trajes garridos. Aqui, a protagonista é Marta Fernandes, que veste a pele de ‘Lili’, a ‘Chiquitita’, e de ‘Madalena’, uma face mais séria da mesma personagem. Isto é, a simpática ‘Lili’ não é, na verdade, mais do que um disfarce de ‘Madalena’.
A empresária de sucesso ‘Madalena’ traz do seu passado o segredo de ter sido mãe solteira. A jovem descobre que o seu austero pai a enganou ao dizer-lhe que o recém-nascido morrera, quando, afinal, ele próprio o encaminhara para uma instituição. ‘Madalena’ disfarça-se de ‘Lili’ e torna-se ama para procurar o filho que lhe tiraram à nascença, no orfanato Casa do Monte.
Compõem ainda o elenco Patrícia Tavares, Luís Gaspar, Liliana Santos, Laura Soveral, Sofia de Portugal, Carlos Vieira e Luís Mascarenhas, entre outros actores.
TVI DOMINA COM FICÇÃO NACIONAL
A TVI viu garantida a liderança das audiências de anteontem (32,4% de share), com as novelas ‘Ilha dos Amores’ e ‘Doce Fugitiva’ nos dois primeiros lugares. ‘Tu e Eu’, também da estação de Queluz de Baixo, ficou na quarta posição. A SIC, que ficou em segundo lugar, com 25% de share, viu a novela ‘Paraíso Tropical’ na sétima posição, com uma audiência de 758 mil telespectadores, valor igualmente atingido pela série juvenil ‘Morangos com Açúcar’, da TVI. A estação pública ficou assim no terceiro lugar da tabela, com 21,9% de share. Para o resultado contribuiu o ‘Telejornal’, que ficou com o último lugar do pódio, e ‘Só Acontece aos Outros’ (estreia) garantiu o sexto lugar da grelha e foi visto por 836 mil telespectadores. Ao segundo canal da televisão do Estado restaram 5,3% de share, sendo que nenhum dos seus programas ficou entre os 20 mais vistos.
'FLORIBELLA' MELHOR NA ESTREIA
A estreia de ‘Floribella’, a 31 de Março de 2006, registou 11,3% de audiência e 27,4% de share. Na altura, a novela protagonizada por Luciana Abreu também sofreu com as rivais da TVI. Colocada à mesma hora, ‘Morangos Com Açúcar’ fez 14,9% de audiência e 36,1% de share.
'PÁGINAS DA VIDA' MARCAM
É opinião generalizada que ‘Páginas da Vida’, a telenovela da TV Globo que terminou ontem na SIC, conquistou Portugal. Guionistas e actores destacam a “direcção, representação e a abordagem de temas sociais” como alguns dos maiores trunfos desta produção. Também Francisco Penim, director de Programas da estação, falou ao CM sobre o sucesso: “Foi uma novela transversal, que liderou desde o primeiro momento nos targets mais valiosos da televisão e, nesse aspecto, foi um óptimo conteúdo para a SIC. A novela reconciliou a família portuguesa com os conteúdos de ficção da SIC que, neste caso, são originários dos nossos parceiros da TV Globo”. Tozé Martinho, actor e autor de telenovelas, considera: “Os brasileiros, quando querem, ainda são quem faz novelas surpreendentes, muito boas, muito bem escritas e representadas.”
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