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‘Incêndios’ é a palavra de 2017 em Portugal

Vocábulo arrecadou 37% dos votos dos cerca de 30 mil portugueses que participaram na iniciativa.

05 de janeiro de 2018 às 08:44

Incêndio: ato ou efeito de incendiar; fogo destruidor, que lavra com intensidade, geralmente assumindo grandes proporções; destruição provocada pelo fogo; combustão não controlada; violento desenvolvimento de algo que causa perturbação geral; exaltação de sentimentos, ardor, fervor.

A definição é do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora e de imediato nos remete para 2017, ano que ficará marcado na nossa memória coletiva pela tragédia dos fogos que afetou o interior do País. Não é, portanto, de estranhar que ‘incêndios’ tenha sido eleita a palavra do ano que passou. A escolha foi feita por cerca de 30 mil portugueses que votaram durante o mês de dezembro na iniciativa promovida desde 2009 pela Porto Editora.

O vocábulo conquistou 37% dos votos dos cibernautas e registou a maior diferença de sempre para o segundo lugar: a palavra ‘afeto’, que remete para o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa (mas também para a tragédia de Pedrógão Grande e de tantos outros concelhos do País), que arrecadou 20% dos votos. "Este foi o ano em que tivemos mais votações, que têm crescido de ano para ano. E foi, também, o ano em que a palavra vencedora teve mais expressão, em que a diferença para a segunda palavra mais votada foi maior", explicou ao CM Paulo Rebelo Gonçalves, da Porto Editora.

A concurso estavam dez palavras, além de ‘incêndios’ e ‘afeto’: ‘floresta’ (14% dos votos), ‘vencedor’ (com 8%, uma referência à vitória de Salvador Sobral no festival da Eurovisão), ‘crescimento’ e ‘cativação’ (ambas com 5%), ‘desertificação’ (4%), ‘gentrificação’ e ‘peregrino’ (3%) e ‘independentista’ (com apenas 1%).

‘Incêndios’ sucede a ‘geringonça’ como palavra do ano. "O objetivo da iniciativa é continuar a mostrar a vitalidade das palavras em português e a diversidade da nossa língua. E que os acontecimentos que influenciam a vida coletiva são marcados pela força das palavras", disse Paulo Rebelo Gonçalves.

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