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Lucros das tecnológicas não abrandam com gastos na IA

Meta, Alphabet, Microsoft, Apple e Amazon voltaram a surpreender os analistas com os resultados trimestrais.

09 de novembro de 2025 às 01:30

O balanço do terceiro trimestre do ano mostra que os gigantes da tecnologia continuam a acumular lucros exorbitantes e a oferecer perspetivas otimistas, apesar do investimento de milhões na Inteligência Artificial (IA). Aliás, o presidente do Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, sublinhou que essa aposta representa uma importante fonte de crescimento económico para o país.

Só as quatro principais gigantes da internet - Microsoft, Amazon, Meta e Alphabet - planeam gastar cerca de 304,7 mil milhões de euros este ano em IA, e a Goldman Sachs estima que os gastos globais com infraestruturas relacionadas com esta tecnologia possam atingir os 3,5 biliões até 2030. 

A Meta, dona do Facebook e do Instagram, anunciou uma queda de 83% nos lucros entre julho e setembro (face ao mesmo período do ano anterior) para 2,3 mil milhões de euros. A culpa, diz a empresa de Mark Zuckerberg, é de uma despesa fiscal relacionada com a lei que suporta a nova política orçamental da Casa Branca, conhecida como 'One Beautiful Bill'. As receitas, por seu lado, subiram 26%, para 44,5 mil milhões.

A Alphabet, dona da Google e do YouTube, superou as expectativas ao anunciar receitas de 89 mil milhões de euros (subida de 16% face a 2024) e lucros de 30,4 mil milhões (mais 33%). A IA está no centro da estratégia de crescimento da empresa, cujo investimento no setor deverá ultrapassar os 80 mil milhões este ano.

Também os investimentos da Microsoft em infraestruturas para IA atingiram valores recorde no trimestre (cerca de 30 mil milhões de euros), mas nem isso impediu a gigante de faturar 67,6 mil milhões de euros (mais 17%) e lucrar cerca de 26,8 mil milhões (mais 22%). Já as receitas da Amazon subiram 13%, acima do esperado, impulsionadas pela computação em 'nuvem' para IA, para 155 mil milhões de euros. Os lucros rondaram os 18,4 mil milhões (mais 38,5%). No caso da Apple, a faturação foi de 89,1 mil milhões (mais 8%), enquanto os resultados líquidos dispararam 86%, para 23,8 mil milhões.

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