Presidente da Media Capital quer investigação às notícias que o envolvem a ele e aos envolvem o empresário e acionistas da dona da TVI.
O presidente da Media Capital, Mário Ferreira, considera "fundamental" que o Sindicato dos Jornalistas e a Comissão da Carteira "se pronunciem" sobre notícias do grupo Cofina que envolvem o empresário e acionistas da dona da TVI.
"Desde o início da operação de compra da TVI por investidores portugueses, que adquiriram as participações à Prisa, que vêm sendo publicadas várias centenas de 'notícias', aparentemente de forma orquestrada, a insultar, a denegrir e a fazer insinuações sobre a TVI, a Media Capital, Mário Ferreira e os restantes acionistas, nos meios de comunicação do grupo Cofina", afirma esta quarta-feira, em comunicado, Mário Ferreira, que através da Pluris Investments detém 30,22% da Media Capital.
Segundo o empresário, tal "revela um interesse evidente em desmoralizar e pressionar esses acionistas para abdicarem das suas participações e condicionar as autoridades que possam ter uma palavra a dizer nessa matéria", para "colocar a Cofina numa posição favorável numa disputa pela titularidade das ações da Media Capital, que só existe na cabeça do engenheiro Paulo Fernandes [presidente da dona do Correio da Manhã]".
Mário Ferreira sublinha que "a demonstração de que os meios de comunicação social próprios são utilizados para fins do interesse da Cofina levantará certamente questões do foro deontológico do jornalismo, da independência das publicações, e até do foro criminal, tendo em conta a pressão permanente resultante da torrente de notícias que têm como alvo" o empresário e outros acionistas da Media Capital, prossegue.
"Não sendo do meu timbre e da minha personalidade ceder a estas pressões ou chantagens, julgo, todavia, que isto deveria ter um fim, em nome da liberdade de iniciativa privada e da independência dos meios de comunicação", acrescenta.
"É por isso, fundamental que o Sindicato de Jornalistas e a Comissão de Carteira se pronunciem relativamente a estas notícias", considera, apontando que o comunicado "segue, assim, também, para essas entidades enquanto garantes da integridade de uma das mais nobres profissões".
Sob o título "utilização de meios de comunicação social por parte interessada", Mário Ferreira salienta que "parece, pois, haver uma campanha, com objetivos precisos e não revelados expressamente, sob a capa de notícias".
Atualmente a Media Capital está a ser alvo de duas ofertas públicas de aquisição (OPA): uma da Cofina e outra da Pluris Investments, na sequência de decisão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Recorde-se que Mário Ferreira tinha sido desafiado pelo presidente da Cofina, Paulo Fernandes, para entrar na compra da Media Capital, mas a dona do Correio da Manhã desistiu da compra em 11 de março do ano passado, em vésperas de estado de emergência, tendo apanhado o mercado de surpresa, incluindo o dono da Pluris Investments.
Em maio, Mário Ferreira comprou 30,22% da dona da TVI e em 12 de agosto a Cofina lançou uma OPA sobre a totalidade a totalidade do capital da Media Capital, alterando a oferta de 21 de setembro de 2019, com um valor de referência proposto de 0,415 euros por ação, a que corresponde a um montante total de 35 milhões de euros e considera um 'entreprise value' de cerca de 130 milhões de euros.
Já em 24 de novembro, na sua primeira conferência de imprensa enquanto presidente da Media Capital, Mário Ferreira tinha afirmado que "diversos acionistas" da dona da TVI "têm sido alvo de ameaças" e difamação, acusando a Cofina de estar por trás dos ataques.
"Fomos informados de que diversos acionistas têm sido alvo de ameaças e de campanhas difamatórias", afirmou Mário Ferreira, na altura.
Quando questionado sobre o assunto, o gestor afirmou: "A difamação para quem lê comunicação social é relativamente fácil de ver, são alvos escolhidos, quase todos os presentes têm sido alvo de ataques do Correio da Manhã, da Sábado e menos, mas também, do Jornal de Negócios, não falando das revistas de especialidade colorida".
Já em setembro, Mário Ferreira tinha apresentado uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) contra a Cofina.
No início de outubro, foi a vez da direção do Correio da Manhã e da CMTV mandatarem os seus advogados para avançar com uma queixa-crime contra o empresário.
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