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Mulheres sauditas iludem Polícia

As jornalistas sauditas são poucas, mas querem deixar a sua marca. Elas iludem a Polícia religiosa para contar histórias que nem os próprios homens têm coragem de revelar.

11 de agosto de 2006 às 00:00

O grupo é pequeno, mas fortemente decidido. A despeito das fortes restrições impostas às mulheres, as jornalistas sauditas aventuraram-se a entrar para o Mundo da Informação. E até já contam histórias que os homens temem escrever. É o que sucede com um grupo de jovens repórteres da ‘Gazeta’, de Jeddah, a segunda cidade mais liberal da Arábia Saudita. Elas têm vindo a cobrir a prostituição entre os trabalhadores estrangeiros, actividade que pode dar azo a castigos públicos.

As jornalistas sauditas, cuja meta não se fina em demonstrar a sua igualdade perante os homens, trabalham sob apertada vigilância. Não lhes é permitido, por exemplo, fazer uma entrevista no átrio de um hotel, pois a prática pode traduzir-se em crime, nem sentar-se a uma mesa, num qualquer centro comercial, para trocar dois dedos de conversa com um homem que as ajude a construir uma história. Entrevistas só mesmo na Redacção do respectivo meio de Comunicação. O simples registo de uma opinião de quem passa na rua torna-se perigoso.

No meio de tanta dificuldade, o número das jornalistas sauditas vai aumentando, a ponto de começarem a aparecer no pequeno ecrã. A conquista da sociedade resulta, essencialmente, do facto de serem persistentes e mais agressivas do que os homens.

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