Afastado do horário nobre há 14 anos, ator e produtor de espetáculos volta à ficção na pele de um cabo da GNR. Aos 53 anos, Luís Aleluia aposta nos estudos universitários
Está de regresso à televisão com um novo projeto na RTP. Qual considera ser a mais valia deste formato?
Tem três pontos fortes: faz regressar ao ecrã e ao horário nobre rostos há muito afastados da TV (já não fazia o prime time há 14 anos); chama à reflexão, através do humor, temas importantes da sociedade como o abandono das terras e o fecho das escolas; e dá ao espectador, que anda triste, o que mais falta lhe faz: descontração.
Antes fez ‘Agora é a Sério’, que ainda aguarda data de estreia...
Está gravada há um ano, e foi uma aposta muito curiosa que recorreu ao humor ‘non sense’ para falar dos jovens que saem das faculdades de ciências da comunicação, não têm trabalho ou entram no mercado a recibos verdes. A série aborda também outras questões com que se debate hoje o jornalismo.
Que papel fez na série ?
O de um jornalista veterano que mostra que apesar das licenciaturas é na prática que tudo se aprende. É como no teatro, onde por muita formação técnica que tenhamos, precisamos da prática para ganhar ‘calo’.
É neste registo do humor que se movimenta melhor?
Não. Curiosamente o meu maior desafio não é o humor, mas sim o drama, embora seja mais difícil fazer comédia.
Como caracteriza o humor que hoje se faz?
Tem evoluído à mercê da globalização. Hoje temos uma nova gramática. Estávamos muito cingidos a um tipo de humor, um pouco baseado no francês e agora estamos muito virados para o anglo-saxónico. Hoje, as plateias jovens exigem outro tipo de humor. O que não quer dizer que o humor dos anos 60 esteja ultrapassado.
Está a trabalhar para a RTP de onde saiu magoado quando fazia sketches para a ‘Praça da Alegria’, com Guilherme Leite...
Foi um privilégio ter trabalhado com a equipa do Porto da ‘Praça da Alegria’. E no ‘Portugal no Coração’. Foi assim durante cinco anos. Eu e o Guilherme, que é um grande criativo, fizemos uma dupla que marcou. Hoje estou com o Malato à quinta-feira, escrevo o meu próprio sketch, e foi com o Guilherme que aprendi a escrever para televisão. Foi um tempo de crescimento para os dois.
Até que veio a rutura!
Que soube aproveitar para me enriquecer. Sem a TV, e mais desocupado, inscrevi-me na faculdade em Ciências da Comunicação. Estou no 2º ano, na Universidade Nova.
Quem teve como colegas?
O eng. Carlos Pimenta, Carla Salgueiro… e encontrei José Rodrigues dos Santos como professor. Foi interessante.
O menino ‘Tonecas’ foi um papel marcante?
Foi. Podem esquecer-se do meu nome e chamar-me José Aleluia, ou Luís Alegria, mas há um nome que não falham que é o ‘Tonecas’. É um privilégio muito grande para um ator sentar-se ao colo do público e ser recebido como um membro da família. Mas o menino ‘Tonecas’ é apenas um personagem que o Luís Aleluia criou, que se colou à minha pele, mas que me deu também uma outra saída profissional: produtor de espetáculos. Criei a Cartaz, Produção de Espetáculos, em 1991.
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