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Partidos questionam Governo sobre novo modelo de gestão da Lusa

PCP E PS pedem eslcarecimentos e querem ouvir o ministro da Presidência.

16 de dezembro de 2025 às 01:30

Sucedem-se as reações políticas e preocupações relativas ao novo modelo de governação para a agência Lusa anunciado pelo Governo. O PCP questionou ontem o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, sobre o tema, designadamente sobre os mecanismos de garantia da “absoluta independência” e “pluralismo informativo” da agência noticiosa nacional.

Os comunistas mostram-se sobretudo preocupados com a intenção do Executivo de “designar os membros do Conselho de Administração e um órgão consultivo" cuja "composição tem suscitado várias críticas.

Já na sexta-feira, o PS tinha manifestado a sua relutância em relação ao modelo apresentado e comunicou a intenção de pedir uma audição a Leitão Amaro, com a tutela da comunicação social, para esclarecimentos adicionais. Os socialistas consideram existir “perigo de governamentalização”, segundo o líder parlamentar do partido, Eurico Brilhante Dias, que lembra que o processo de aquisição da LUSA ao privado da Lusa previa um modelo que permitisse “o escrutínio da atividade” da empresa.

Quer o ministro Pedro Adão e Silva quer o ministro Pedro Duarte, já do governo AD, tinham uma visão de que essa pluralidade passaria sempre por um quadro institucional onde diferentes atores pudessem participar na escolha do Conselho de Administração e no escrutínio da atividade do Conselho de Administração”, salientou Brilhante.

Preocupação idêntica foi manifestada pelo candidato presidencial Jorge Pinto: “É um risco muito grande”, disse, lembrando que a agência Lusa “tem um papel fundamental no que diz respeito não só à cobertura do território nacional, mas um papel muito importante no que diz respeito à desinformação”.

Recorde-se que, assim que o Estado passou a deter a totalidade do capital da Lusa, os ministros das Finanças e da Presidência aprovaram um projeto de novos estatutos para a agência, que alteram o sistema de gestão. O “novo modelo de governação”, apresentado a 26 de Novembro, supõe a nomeação pelo Estado de três administradores com mandatos de quatro anos , a criação de um Conselho Consultivo, o escrutínio parlamentar regular à gestão da Lusa e a criação de um fiscal único para "agilizar a fiscalização da sociedade".  

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