Sindicato espera que se investiguem a fundo as "burlas", a "gestão danosa" e os "procedimentos à margem da lei" de que falou o presidente da Comissão Executiva
A Procuradoria-Geral da República (PGR) remeteu para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto a investigação à participação feita pelo Sindicato dos Jornalistas (SJ) sobre o Global Media Group (GMG), revelou esta sexta-feira este sindicato.
Em 6 de janeiro, o SJ entregou na PGR um pedido para que sejam investigadas situações relacionadas com o GMG, que detém títulos como o JN, DN, O Jogo e a TSF, considerando existirem indícios de matéria com relevância penal que merecem ser investigados.
"Na defesa dos superiores interesses dos jornalistas do GMG, do jornalismo e da importância que este grupo tem no espaço mediático, consideramos que é nossa obrigação suscitar a ação da PGR num assunto que é sensível para a democracia e a garantia de direitos e liberdades", explicou, na altura, este sindicato.
O SJ adiantou, na nota publicada no seu 'site', que foi esta sexta-feira comunicado pela PGR que será o DIAP do Porto a decidir o curso da participação.
O sindicato espera que se investiguem a fundo as "burlas", a "gestão danosa" e os "procedimentos à margem da lei" de que falou o presidente da Comissão Executiva (CE) do GMG, José Paulo Fafe, em várias entrevistas públicas, e "também outras matérias e denúncias entretanto vindas a público neste interregno".
"A direção saúda a luta destes trabalhadores e a forma empenhada e corajosa como estão a lutar pela sobrevivência dos jornais, da rádio e das revistas do grupo e a forma como isso pode impactar no futuro da classe", realçou ainda o SJ no comunicado.
No início do mês, a Comissão Executiva do Global Media Group (GMG), liderada por José Paulo Fafe, acusou os outros acionistas de protagonizarem situações "ética e moralmente condenáveis", que contribuíram para a situação atual da empresa de 'media'.
Num texto publicado numa 'newsletter' interna, a que a Lusa teve acesso, os administradores disseram que "ao longo destes pouco mais de três meses, desde que esta Comissão Executiva entrou em funções, raro é o dia" em que não é apanhada "de surpresa por factos e procedimentos que fizeram parte deste grupo ao longo dos últimos anos e que, sem margem para dúvidas, roçam a fronteira daquilo que pode ser considerada uma gestão pouco transparente e irresponsável".
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) realçou, em 15 de janeiro, que "os trabalhadores da Global Notícias", uma das sociedades do grupo, "continuam sem receber o salário de dezembro, esperam pelo subsídio de Natal e uma explicação da administração, que parece incapaz de encontrar soluções para os problemas do grupo".
O World Opportunity Fund, que controla a GMG, transmitiu esta quinta-feira a sua indisponibilidade em transferir dinheiro para pagar os salários em atraso até uma decisão da ERC [Entidade Reguladora da Comunicação] e de um "alegado procedimento cautelar", segundo disse em comunicado o presidente executivo (CEO) do GMG, José Paulo Fafe.
Além disso, acrescentou José Paulo Fafe, o fundo também lhe transmitiu a sua "indisponibilidade em efetuar qualquer transferência até que o alegado procedimento cautelar de arresto anunciado publicamente pelo empresário Marco Galinha seja retirado".
Neste mesmo dia, o administrador executivo do Global Media Group Filipe Nascimento e o administrador Paulo Lima de Carvalho apresentaram a sua demissão.
Em 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
Em 21 de setembro, o WOF adquiriu uma participação de 51% na empresa Páginas Civilizadas, proprietária direta da Global Media, ficando com 25,628% de participação social e dos direitos de voto na Global Media.
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