A edição de hoje
Em causa estão as acusações de Luís Marinho à gestão da televisão pública.
O PSD vai exigir esclarecimentos ao Governo e à RTP sobre as acusações feitas por Luís Marinho à gestão da empresa pública de rádio e televisão, nomeadamente quanto às ligações entre o administrador Nuno Artur Silva e o diretor de programas, Daniel Deusdado, e as respetivas produtoras: Produções Fictícias (PF) e Farol de Ideias.
Ao CM, o deputado Sérgio Azevedo diz que foi com "alguma preocupação" que o partido leu a entrevista e que a mesma "levanta questões que podem merecer escrutínio parlamentar". Assim, revela que ainda hoje vai submeter perguntas ao Governo e ao conselho de administração da RTP, para esclarecer a questão.
O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD não põe mesmo de parte, "se se justificar, chamar todo e qualquer ator que possa esclarecer a situação" ao Parlamento.
Em entrevista ao jornal ‘i’, Luís Marinho afirmou que "eticamente é absolutamente reprovável" que Nuno Artur Silva seja proprietário das PF e que Daniel Deusdado tenha a produtora "em nome da mulher". "Também é reprovável contratarem guionistas e apresentadores dos seus canais e das suas produtoras", acrescentou – uma situação, de resto, já revelada pelo CM em março.
Questionado pelo CM, Gonçalo Reis, presidente da RTP, apenas afirmou que "Luís Marinho representa uma certa época, e muito bem, mas agora estamos noutra lógica. A apresentar uma programação diferenciadora e atrativa", referindo-se à grelha de programas que o canal público revelou ontem.
"Tenho deixado estas questões para serem analisadas pela empresa e é tudo o que tenho a dizer neste momento. Fizemos um esforço tão grande para termos esta grelha, que tudo o resto é, neste momento, secundário", disse, por seu lado, Daniel Deusdado. Já Nuno Artur Silva optou por não comentar.
O CM tentou ouvir o PS, mas nenhum dos vários responsáveis do partido esteve disponível para comentar.
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