Candidatos a Belém, diretores, partidos e associações preocupados com a possibilidade do interior ficar sem jornais.
Depois da administração da Vasp ter informado que está a avaliar a necessidade de fazer ajustamentos na distribuição diária de jornais nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança, as reações continuam fazer-se sentir. Desta feita, foram dois dos candidatos à presidência da República a juntarem a sua voz às preocupações. Gouveia e Melo considera que o fim da distribuição de jornais nos distritos do interior do país vai “agravar os problemas de coesão territorial” e defende a intervenção do Estado para resolver “problemas que o mercado não resolve”. Opinião idêntica tem António José Seguro que sustenta que "o jornal no interior tem que continuar a chegar para que todos os portugueses sejam tratados por igual".
Esta sexta-feira o PS acusou o Governo de imobilismo quanto ao perigo de redução da distribuição de jornais no interior e disse estar disponível para soluções legislativas sobre o tema. Eurico Brilhante Dias, anunciou mesmo que os socialistas querem ouvir o ministro da Presidência, que tutela a comunicação social e lembrou existirem “instrumentos de governação, instrumentos financeiros” para “garantir com justiça, equidade, transparência a distribuição de jornais em todo o país”.
Também esta sexta-feira, os diretores dos principais títulos de informação nacional (incluindo Correio da Manhã, Sábado, Negócios e Record, da Medialivre) assinaram uma carta aberta onde alertam para a "crescente degradação da indústria de impressão e a progressiva asfixia das cadeias de distribuição", falam em "sinal de alarme" e em "unir esforços" na defesa do "jornalismo, da democracia e da liberdade".
Também a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro - que agrega 19 municípios de Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu - manifestou-se, entretanto, "profundamente preocupada" e demonstrou ao Governo disponibilidade para colaborar numa solução que assegure a distribuição diária de jornais no Interior do país a partir de janeiro de 2026. "A potencial paralisação deste serviço não constitui apenas um dilema financeiro-empresarial, representa um grave atentado ao direito constitucional de acesso à informação, penalizando as populações do interior e acentuando a fratura da coesão territorial do país. Num território já vulnerável, o jornal diário é, frequentemente, o último elo físico e credível à esfera pública nacional", destaca a CIM Douro num ofício dirigido ao ministro da Presidência, Leitão Amaro.
Também a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC) já manifestou a sua “indignação absoluta” com o anuncio feito pelo Vasp, sublinhando que “a desigualdade no acesso à informação é incompatível com o regime democrático", representando "um retrocesso civilizacional que não pode ser tolerado”.
De recordar que já vários autarcas e associações, já tinham manifestado a sua preocupação com a situação. A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), por exemplo, entende que a decisão da Vasp “colocará em causa o direito à informação e o exercício integral da cidadania, agravando as desigualdades territoriais”.
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