Com quatro filhos, e um quinto a caminho, o popular actor é um pai atento à educação da sua prole. Na casa da família a televisão é um electrodoméstico de acesso muito limitado.
Num intervalo das gravações de ‘Morangos com Açúcar’, na Associação Desportiva e Cultural da Encarnação e Olivais, Nuno Homem de Sá dá, feliz, a notícia: “Estou grávido. De dois meses e meio”. Foi assim que o actor comunicou que ele e a mulher, Carina Rodrigues, aguardam a chegada do primeiro filho em comum.
- Está à espera do quinto filho?
Estou. Não sei como vai ser com cinco bocas para alimentar e cinco propinas para pagar..
- Considera que é uma espécie de um superpai?
Às vezes sinto que não tenho mãos nem braços suficientes para os meus filhos. Talvez seja um bocadinho um superpai.
- Tem um filho com 19 anos, outro com oito anos, outro com seis e outro com quatro anos. Algum dos mais novos vê os ‘Morangos com Açúcar’?
Os meus filhos? Nunca. Eles não têm autorização para ver televisão. E os vídeos têm de ser previamente seleccionados por mim.
- Preocupam-no alguns conteúdos televisivos?
A publicidade preocupa-me mais do que os conteúdos. É agressiva, devastadora, brutal.
- Essa reacção resulta de já ter tido alguma má experiência?
A publicidade passa informações erradas quando diz aos miúdos ‘liga já e ganha um prémio’. Uma vez apareceu-me uma conta de telefone gigantesca, com 60 e tal euros a mais, porque um dos meus filhos ligou para uma linha de valor acrescentado. A publicidade é miserável.
- Qual é a sua maior preocupação enquanto pai?
Interrogo-me muito sobre o Mundo em que os meus filhos irão viver. O aquecimento global, o aparecimento de novas doenças, a guerra e a miséria são questões preocupantes.
- É verdade que quando lhe propuseram integrar a série juvenil ‘Morangos com Açúcar’ gostou particularmente do facto de ir interpretar um pai?
Sim, é verdade, a proposta pareceu-me engraçada e gostei ainda mais do papel porque iria ser pai de duas raparigas.
- Falando do seu trabalho na série, como classifica esta sua nova personagem?
Ainda há muita gente conservadora e retrógrada neste País e o Teodoro Bacelar retrata, na ficção, um desses exemplos. É um médico conservador, que não deixa a mulher trabalhar e que decidiu que as duas filhas têm que ser médicas como ele. Ele tem a mania de ter tudo sob a sua alçada, mas na esfera doméstica tudo parece começar a fugir ao seu controlo.
- Esta é a primeiro vez que contracena com Sandra Faleiro?
É a primeira vez. E a Sandra, além de ser uma excelente actriz, tem-se revelado uma colega muito altruísta, que contribui imenso para as cenas ficarem mais ricas.
- Como aprecia o trabalho dos jovens actores desta série?
Os miúdos são muito talentosos. Esta malta canta, dança, representa... Estou surpreso. Isto é uma coisa inédita em ‘Morangos’. Esta série está noutro patamar.
- Está a correr bem a gravação da peça de Natal que os alunos de ‘Morangos’ estão a preparar na escola da ficção?
Uma heresia (risos). Fiquei chocado! Onde é que já se viu o anjo Gabriel, de motoreta, a enviar um SMS à Virgem Maria comunicando-lhe que iria dar à luz Jesus? É uma festa de Natal alternativa, cheia de criatividade. O episódio vai ficar muito interessante.
- Como é a sua relação com os actores mais jovens?
Não sou exemplo para ninguém, porque estou sempre na palhaçada, sobretudo quando há miúdos envolvidos, até porque ajuda a passar o tempo. Estou habituado a fazer o mesmo com os meus filhos. Mas estes miúdos são muito disponíveis e demonstram muita vontade de aprender. Mas o que mais sobressai é o facto de serem pessoas com diversos talentos.
- Como explica a longevidade desta série juvenil, que está em exibição há sete anos consecutivos?
Os jovens são o público-alvo desta produção. E tudo é orientado nesse sentido. Depois, é um formato único na TVI e tem uma fórmula fresca. Os alunos da série dão sempre um novo contributo à produção.
- Por estar vocacionada para as artes, considera que esta série é diferente das anteriores?
Deve ter sido muito difícil fazer os castings para esta série, porque há aqui muitos talentos reunidos. E há aqui outra novidade: não há tradição em Portugal de pôr esta gente tão nova a representar, cantar e dançar. É entusiasmante ver que isto começa a acontecer. Junto de alguns miúdos, esta série vai certamente mexer com o bichinho das artes.
- Que lhe apetecia fazer em televisão depois de ‘Morangos com Açúcar’?
Gostava muito de voltar a ter um papel denso, com mais profundidade.
- Como o António, da novela ‘Ninguém como Tu’, escrita por Rui Vilhena?
Sim, como o António. A personagem estava muito bem escrita, muito bem caracterizada. Mas também tenho saudades da ‘Flor do Mar’, da equipa que era excelente, da Madeira, das temperaturas amenas da ilha e, claro, dos calorosos reencontros com a minha família depois de alguns dias de ausência de casa.
ESTREIA EM 'VILA FAIA': CARREIRA MULTIFACETADA
Foi em 1982, com ‘Vila Faia’, a primeira telenovela portuguesa, que Nuno Homem de Sá se estreou na representação. Depois de uma ausência de dez anos nos Estados Unidos, regressou a Portugal em 1994 e fez vários trabalhos no teatro, cinema e televisão. Entre as muitas novelas cujos elencos integrou contam-se ‘Jardins Proibidos’, ‘Olhos de Água’, ‘Nunca Digas Adeus’, ‘Ilha dos Amores’ e ‘Flor do Mar’. Participou no reality show da TVI ‘Big Brother Famosos’, onde travou quezílias com Cinha Jardim e Julie Sargeant. Anos depois o actor viria a participar na ‘1ª Companhia’, outro reality show do canal de Queluz, com Diana Chaves, Romana e Dina Pedro. Nuno Homem de Sá participou na série ‘Widows’, em 1984, da prestigiada produtora britânica Thames Television. Em 1997 foi vocalista, guitarrista e compositor de uma banda.
PERFIL: PAI E ACTOR
Nuno Homem de Sá nasceu em Lisboa em Fevereiro de 1962. Tem quatro filhos e espera o quinto da actual mulher, Carina Rodrigues. Estreou-se na televisão, aos 20 anos, em ‘Vila Faia’, ao lado de Ruy de Carvalho, Mariana Rey Monteiro e Nicolau Breyner. Após uma pausa na América e no Reino Unido regressou à TVe às novelas.
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