André Nunes: “Perdoamos coisas que não imaginamos”

– Terminado  o namoro com a Marta Melro estão juntos no teatro e na televisão... Como?

– A nível pessoal penso que estamos ambos  a tentar lidar o melhor possível com a situação. A título profissional, o facto de estarmos a trabalhar juntos no teatro e na televisão não me incomoda até porque  estou entusiasmado com os projectos, que são dois bons desafios.

– Mas contracenam ou não pisam o palco ao mesmo tempo?

– Em teatro (‘As Raparigas’) contracenamos mesmo e, em princípio, até vamos fazer mais algumas digressões. Na nova novela (‘Bater do Teu Coração’) vamos trabalhar perto mas mais não posso revelar... Eles matam-me!

– Se tivessem de fazer par romântico, o namoro real facilitava ou dificultava?

–  Se as coisas ficam bem resolvidas até pode facilitar, mas não costumo misturar ficção e realidade.

– Com a Marta misturou...

– Pois, fui  contrariado com  ‘Feitiço de Amor’ quando conheci a Marta. Mas não é a regra. Os actores tendem a criar uma distância confortável entre si que lhes permite desempenhar qualquer papel.

– Mas não usa emoções pessoais para criar personagens?

– Uso  memórias afectivas e aprendo a puxar por esses impulsos mas policio-me...

– E se tivesse de usar a Marta numa memória posterior?

– Com a Marta poderia usar qualquer memória desde que fosse positivo. Não há  mágoa .

– Não perdoa o quê numa relação?

– Infidelidade e falta de respeito! Não, às vezes, acontece-me isto: digo coisas de que discordo logo a seguir. Nada é linear. Perdoamos coisas que não imaginamos.