Johnny Depp quebra o silêncio e fala da relação polémica com Amber Heard

"Pouco Inteligente", "um idiota" e uma "cobaia do movimento Me Too". Johnny Depp falou finalmente sobre um dos processos 'hollywodescos' mais mediáticos dos últimos anos, que o opôs à antiga mulher, Amber Heard, e não deixou nada por dizer. Do amor ao julgamento em tribunal, meteu o dedo nas feridas e fez também a sua 'mea culpa'. 

"Como foi a minha relação inicial com o que chamamos de 'amor'? Claramente pouco inteligente", começou por dizer o ator, de 62 anos, numa rara entrevista ao The Sunday Times. "O que isso significa é que, se fores um idiota como eu, às vezes olhas nos olhos de uma pessoa e vês alguma tristeza, algo solitário, e sentes que podes ajudar essa pessoa", acrescentou Deep, referindo ainda: "Mas nenhuma boa ação fica impune, porque há aqueles que, quando tentas amá-los e ajudá-los, começam a dar-te uma ideia do que era aquele mal-estar, aquela perturbação nos seus olhos". 

Sobre as batalhas judiciais e as acusações de violência doméstica movidas por Amber Heard, disse que "foram longe demais". "Todas as pessoas diziam que ia passar. Mas não posso confiar nisso. O que é que vai passar? A ficção que se espalha pelo mundo? Não, não vai. Se não tentar representar a verdade, será como se tivesse realmente cometido os atos dos quais era acusado. E os meus filhos teriam de conviver com isso".

O ator revelou ter havido testemunhas contra si que lhe eram próximas, como uma agente com quem trabalhou durante 30 anos. "Essas pessoas que te mentem, celebram-te, dizem todo o tipo de coisas pelas costas, mais ainda ficam com o dinheiro. O que é que eles querem? Dinheiro."

"Essas pessoas estiveram nas festas do meus filhos. [...] Entendo que as pessoas não consigam defender-me, porque o mais assustador para elas é fazer a escolha certa. Era pré-#MeToo. Eu fui uma espécie de cobaia do #MeToo. Foi antes de Harvey Weinstein", referiu. 

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