Júlio Machado Vaz denuncia assassinato de ex-empregada. "Pediu ajuda e ela não veio"

É um testemunho na primeira pessoa de quem conheceu e privou bem de perto com uma mulher (mais uma) vítima de violência doméstica. Desta feita, o relato vem do psiquiatra, psicoterapeuta e sexólogo Júlio Machado Vaz, de 75 anos, que recorreu às redes sociais para dar conta do assassinato da sua ex-empregada, morta às mãos do ex-marido. 

"Quando os números são de carne e osso. A minha ex -empregada foi morta pelo ex -marido, que se suicidou a seguir. Antes disso fora agredida em privado e em público várias vezes. Pediu ajuda e ela não veio. Amanhã ou no fim do mês será um número nas estatísticas. Cá em casa era uma mulher pálida,triste, às vezes queixosa, nunca esperançada. Quando eu entrava a horas inesperadas, tinha de me anunciarem voz alta para que não entrasse em pânico. Deixou de vir porque morava longe. Morreu porque uma sociedade inteira vivia longe dela", lê-se na referida publicação. 

O texto reuniu mais de 4 mil reações, 366 comentários e deu origem a 257 partilhas. Muitos dos comentários vieram de mulheres que foram ou são vítimas de violência doméstica. 

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