Nove cirurgias em apenas um ano e meio: Gustavo Carona luta contra doença debilitante

Gustavo Carona, que se destacou como uma das vozes mais ativas da pandemia, enfrenta uma dura batalha.

O médico de 43 anos luta contra uma doença debilitante que o obrigou, só no último ano e meio, a passar por nove cirurgias, tendo a última sido a 3 de setembro.

A sua condição deixa-o preso a uma cama ou a uma cadeira. “Tenho uma doença relativamente mal explicada, mas basicamente consiste em dor crónica que tem vindo a agravar nos últimos anos. Agrava quando estou sentado ou de pé, o que faz com que eu esteja muito tempo confinado à posição de deitado”, contou nas suas redes sociais.

Atividades banais transformaram-se em impossibilidades. “Ir do Porto até Lisboa hoje para mim é um sonho. É impossível quase (…) a minha vida resume-se muito em estar em frente ao computador”, partilhou.

O diagnóstico continua a ser uma incógnita. “Não temos certezas, temos interpretações. Parece ser a doença de Lyme pós-tratamento, que já foi tratada, mas que depois deixa sintomas a longo prazo. É parecido ao que conhecemos da Covid longa, síndromes pós-infecciosas, que não têm marcadores inequívocos e sintomas inespecíficos”, referiu Gustavo Carona. 

Apesar das limitações, o médico continua como ativista humanitário e juntou-se ao movimento 'Palestina pela Positiva', centrado nos direitos humanos. "Tive meses particularmente difíceis e agora estou melhorzito. A ressuscitar, a renascer e a querer fazer coisas, a lutar por aquilo que eu acredito, em particular os direitos humanos, neste caso dirigidos à Palestina", começou por dizer, acrescentando: "Pedimos a todas as pessoas que olhem para a Palestina pela positiva, olhem com o coração."

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