Rainha Sofia celebra 82 anos na pior fase da coroa
Polémicas sucessivas transformaram 2020 no pior ano da história da monarquia espanhola. a rainha emérita, no entanto, está longe de ser vista como uma vítima e muitos veem-na como um símbolo de força
Foi na pior fase da vida da coroa espanhola, com a imagem da monarquia manchada por polémicas, que a rainha emérita Sofia – que enfrenta atualmente uma depressão – comemorou na segunda-feira os seus 82 anos de idade.
O ano de 2020, contudo, não lhe irá deixar saudades: o marido Juan Carlos saiu de Espanha e vive hoje no Dubai após o escândalo sexual que abalou o país; o filho, Felipe VI, tenta limpar a imagem da família real; a filha infanta Cristina, sem o marido, debate-se com uma depressão, e o genro Iñaki Urdangarín cumpre pena de prisão por crimes de peculato, prevaricação, fraude contra a administração, dois crimes fiscais e tráfico de influências.
A juntar a isto, Sofia teve de ver o seu país lidar com uma pandemia, que já provocou mais de 36 mil mortos e mais de um 1,2 milhões de infetados. Ainda assim, vale à rainha emérita o facto de ser uma das figuras públicas mais acarinhadas pelos espanhóis.
Especialistas em realeza consideram mesmo que a antiga monarca é vista pelo povo como o pilar de estabilidade da coroa, um símbolo inabalável de força e perseverança. Apesar das humilhações, Sofia nunca deixou de pôr a coroa em primeiro lugar.
Se é verdade que Juan Carlos, por exemplo, foi pronunciado este ano mais do que qualquer outro de forma negativa, o da rainha Sofia foi sempre referido com admiração e carinho por parte dos espanhóis. A rainha emérita uniu-se, entretanto, mais do que nunca ao filho, Felipe VI, na tentativa de juntos conseguirem reerguer a coroa espanhola do abalo provocado pelas sucessivas polémicas. Mais do que vítima, Sofia é hoje vista como parte da solução.
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