Renato Seabra em observação psiquiátrica
Suspeito do homicídio do jornalista e colunista social Carlos Castro sexta-feira em Nova Iorque, vai continuar em observação psiquiátrica
Renato Seabra, suspeito do homicídio do jornalista e colunista social Carlos Castro sexta-feira em Nova Iorque, vai continuar em observação psiquiátrica por tempo indeterminado e será posteriormente sujeito a interrogatório.
De acordo com o Sargento Hayes, da polícia de Nova Iorque, Seabra foi detido de madrugada num hospital onde recebida tratamentos e posteriormente levado para a unidade psiquiátrica do hospital Bellevue, na zona leste de Manhattan, para observação médica.
A polícia não revela se na altura o suspeito apresentava sinais de distúrbios ou de consumo de estupefacientes. "Agora cabe aos médicos determinar quando ele pode sair", adiantou a mesma fonte, em declarações à agência Lusa.
Fonte hospitalar ouvida adiantou que é habitual que o estado de observação dure um a dois dias.
Renato Seabra, de 21 anos, será depois levado para a esquadra para interrogatório, onde poderá ser formalmente acusado do homicídio. Pelo crime, o modelo português enfrenta uma pena entre os 25 anos e a perpétua, além de impossibilidade de liberdade condicional. A extradição para o país de oriegem é pouco habitual neste quadro criminal.
No local do crime, o luxuoso recém-inaugurado Hotel Intercontinental, próximo de Times Square, a polícia continua a recolher provas. O hotel não está vedado aos hóspedes, mas todos os funcionários receberam ordens estritas para não fazer comentários sobre o caso, que tem merecido destaque na imprensa local, abrindo ao longo de toda a manhã o noticiário da principal estação de televisão local, NY1.
Os detectives da polícia continuam no hotel a recolher provas e têm também interrogado várias testemunhas principais, nomeadamente a portuguesa Mónica Pires, filha do jornalista Luís Pires, e amiga de Carlos Castro, que esteve durante oito horas a prestar declarações.
O corpo de Carlos Castro foi retirado do local e o médico legista deverá pronunciar-se nas próximas horas sobre a causa da morte, embora a polícia já tenha avançado que Castro sofreu traumatismos violentos na cabeça e apresentava mutilações nos órgãos genitais. Informações inicialmente avançadas apontam para o uso de um computador portátil como arma do crime, o que a polícia até ao momento não confirma.
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