Cantora fala à 'Vidas' sobre o novo disco 'Pasíon', os 45 anos de carreira e o seu lado mais íntimo.
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É a primeira vez que grava um disco noutra língua que não o português. Os seus fãs não vão estranhar?
Os meus fãs estão a adorar. Tenho recebido mensagens muito positivas porque, na verdade, este é um disco que transporta paixão, amor e calma.
Porquê em espanhol?
Porque fui desafiada a gravar um tema que gostava muito e tomei-lhe o gosto. Gravei um, depois outro e mais outro e quando dei conta tinha dez temas.
O que mantém acesa esta sua paixão pela música?
Acho que é o amor que transporto na alma e na voz e que tento fazer chegar às pessoas. O gosto que tenho por aquilo que faço faz-me acreditar que vale a pena continuar.
E é mais fácil cantar o amor ou o desamor?
As pessoas às vezes identificam-se mais com o desamor, até porque é nesses momentos que procuramos canções com mensagens de conforto, força e tranquilidade de espírito.
E o seu coração, anda mais vezes alegre ou triste?
Depende. Ultimamente sinto alguma tristeza por aquilo que estamos a viver. O Natal está à porta e há muitas famílias a necessitarem de trabalho e de condições para viver. Sei de algumas pessoas, com nome na música, que, por vergonha, não pedem ajuda.
Como é que tem passado estes tempos de crise?
Têm sido tempos difíceis, até porque tive muitos espetáculos adiados. Quando a pandemia chegou, tinha nove concertos até maio e tive de cancelá-los.
E como é que se faz para se sobreviver? Tinha um plano B?
Eu sempre fui muito organizada e tenho algumas casas arrendadas, mas mesmo isso não é seguro porque eu tenho, por exemplo, uma inquilina que não consegue pagar-me há quatro meses. Entretanto, acabei por me entregar às medicinas alternativas e abri um espaço, em Lisboa, Essência da Vida, que reúne especialidades, como Terapia Quântica, Osteopatia, Hipnoterapia, Nutrição, Reflexologia ou Pilates.
Cumpre este ano 45 anos de carreira. Nunca esmoreceu ou se desencantou com este meio?
A única coisa que me desencanta é a falta de camaradagem e união que existe entre os colegas. Há artistas que não gostam de se misturar porque acham que são mais elitistas e fazem distinção entre a música que cantam e aquilo que é a música popular ou romântica. Mas eu, por exemplo, canto de tudo, desde o tempo das Cocktail.
Foi uma carreira de altos e baixos?
Eu sou uma pessoa que não guarda rancores de ninguém. Tudo de mal na vida eu tento apagar. Depois sou uma pessoa que vive o dia presente. Nunca sofro com coisas que não posso remediar ou voltar atrás. Não há nada como deitar a cabeça na almofada e perceber que dei o melhor de mim.
Começou a gravar muito nova. Ainda existe hoje muito dessa menina?
Eu acho que sim, sobretudo na ingenuidade que tenho muitas vezes e nesta coisa de acreditar nas pessoas. Há sempre uma menina-mulher em mim.
Sente-se uma diva?
Há quem diga que sim, mas eu não sou de me elogiar. Reconheço, sim, que tenho um estatuto acima da média e tenho orgulho nisso. É sinal que as pessoas gostam de mim.
Há quem diga que a solidão faz parte da vida do artista!
Muitas vezes. Para lá do palco ficam uma nostalgia e uma solidão enormes. É como a minha canção diz: "quando as luzes se apagarem fico só".
O que gostava que o futuro lhe reservasse?
Saúde. É tudo o que peço e é tudo o que nos faz falta a todos.
E amor, não?
Sim, o amor é sempre necessário. Nós contamos ter sempre alguém ao nosso lado que nos acarinhe e que nos oiça. Eu tenho sempre alguém que me ama, mas não faço questão de andar a apregoar. Guardo-o no segredo dos deuses.
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