Presidente do Sporting esteve no programa 'Alta Definição', da SIC, e fez revelações surpreendentes.
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Encara a presidência do Sporting como "uma missão", os jogadores como "seus soldados" e diz que tem dois grandes objetivos como líder dos leões: "devolver a dignidade do clube e fazer com que a nova geração não passe o que eu passei". Revela que a mulher "é uma máquina", que é "tutor" de Paulinho, que ameaças "tem para a troca", mas que por causa dos tempos que passou no Afeganistão aprendeu "a viver com o medo". No Afeganistão sofreu uma emboscada e chegou pensar que não sairia de lá com vida, mas o episódio valeu-lhe uma lição. "Aprendi que era normal ter medo. Aprendi que coragem não é não ter medo, é não ceder ao medo". Transportando a lição para a sua função de presidente do Sporting afirmou: "Claro que avalio a ameaça mas, de certa forma, se cedesse a uma ameaça ia ter de colocar o meu lugar à disposição. Ia falhar, não estava preparado para ser presidente do Sporting nesse caso"
Frederico Varandas foi este sábado o convidado do programa 'Alta Definição', da SIC e, sem preconceitos ou temores, revelou o homem que está para lá do presidente que todos conhecemos, inclusivé o homem de família, e falou da mulher, a ex-atleta sueca Katarina Larsson, "uma viking linda", que "faz com que a vida seja normal", embora "não seja fácil, para a mulher do presidente do Sporting, ter uma vida normal". Depois de um dia de trabalho, são os mais próximos que o fazem regressar ao seu porto seguro. "Chego a casa e tiro a farda de presidente do sporting. São aquelas pessoas que me levantam nos dias difíceis: a minha mulher, os meus filhos, o meu irmão, os meus pais e o meu grupo de amigos"Mas os elogios à mulher não se ficam por aqui: "É muito pragmática. Sempre percebeu que era o meu trabalho. É diretora de uma multinacional, responsável por múltiplas pessoas abaixo dela. Ela é uma máquina e, atenção, ainda estou a perder. Ela tem três prémios Stromp, eu tenho dois. São os genes de viking! As filhas dão muito muito trabalho. Mas isto ajuda muito porque ela mantém o equilíbrio como se nada fosse. Eu ser presidente do Sporting ou trabalhar numa padaria é igual"
Katarina, recorde-se, fez uma publicação após a conquista do título nacional de futebol desta época a mostrar todo o orgulho no marido, e Frederico Varandas confessou-se: "Não deve ter ficado tão orgulhosa da maneira como cheguei a casa... Sinto que a minha mulher admira aquilo que a minha equipa alcançou, que tem orgulho em mim, em nós. Nunca se meteu na parte do futebol, não gosta, mas na pré-época ouvia muitos telefonemas e o Viana dizia 'não vamos conseguir esse gajo'. E ela, sueca, disse: 'Vais contratar um sueco? Agora é que vamos ganhar"
Do lado mais humano que ninguém conhece, o líder dos leões revelou que atualmente é o tutor de Paulinho (roupeiro do clube e uma das figuras mais carismáticas do Sporting) e que até tem um quarto para ele em sua casa. "É uma grande figura do Sporting, um ser humano espetacular. Uma pessoa super intuitiva, sensível, muito, muito esperto, mais esperto que a maioria das pessoas julga. O exemplo de uma pessoa feliz. O meu papel? Eu sou o doutor Varandas para ele. Como ele diz, 'Varanas'. Tenho um carinho especial por ele. Apesar de ele ser completamente independente, tomo conta dele, sou um tutor. Ele sempre teve o senhor Mário Lino. Há uns anos, fomos almoçar os três e o Mário disse que já tinha uma certa idade. Eu disse ao Paulinho que estava na altura de alguém tomar conta dele caso acontecesse alguma coisa. O Paulinho disse 'eu quero o senhor Varandas'. Até tenho um quarto dele em minha casa. De vez em quando vai lá jantar, costuma comer um frango inteiro, literalmente. Pago-lhe o IRS. Mas ele sabe tomar conta dele melhor do que ninguém".
Frederico Varandas explicou ainda a polémica frase que proferiu antes da final da Taça de Portugal, frente ao FC Porto, e que tanto deu que falar: "Vamos rebentar com eles" (os leões, recorde-se, acabaram por perder esse jogo)."Esse é o Frederico Varandas presidente dentro do Sporting, não o que está na tribuna. Houve muita gente ofendida. Pessoas que não percebem". E justificou: "isso também faço para motivar internamente os meus soldados".
Do Sporting desde pequenino, contou que foi inscrito no clube pelo avô paterno, "verdadeiro leão e sócio desde sempre". Ainda passou pela ginástica e pela natação, mas a sua grande paixão foi o futebo. "Aprendi a ir ao futebol, íamos três horas antes aos jogos dos juniores, depois víamos a equipa a entrar. Era um ritual. Depois ia para o antigo campo do Sporting, via a equipa principal a treinar, miúdos da ginástica a ver os treinos. Eram outros tempos. Isso criou sempre uma paixão pelo futebol, pelo Sporting. Costumo dizer, por brincadeira, que quem não é do Sporting é porque quem os educou não ligava a futebol. Aconteceu com os meus amigos. Se a pessoa que nos educa liga ao futebol, é do Sporting", referiu Frederico Varandas, revelando que quando foi eleito pela primeira vez para a direção do Sporting, a primeira coisa que fez foi ir até ao cemitério do Alto S. João. "Fui de manhã, antes do resultado sair, dizer ao meu avô que ia ser presidente do Sporting. Quando ele morreu, eu era médico... ele nunca sonhou que um neto dele fosse presidente do Sporting. Disse-lhe só que ia tomar conta do clube"
No decorrer da conversa com Daniel Oliveira, o líder leonino disse que se identifica com os valores do Sporting ("mesmo perdendo amanhã, a nossa postura, dignidade e integridade tem de ser inabalável"), e que "não há nada mais inspirador do que vencer pelo mérito, sem nunca ligar ao presidente do Conselho de Arbitragem a perguntar por que vai ser certo árbitro". E confessou mesmo: "Muitas vezes chego ao jogo e nem sei quem é o árbitro"
No Afeganistão sofreu uma emboscada e chegou pensar que não sairia de lá com vida, mas o episódio valeu-lhe uma lição. "Aprendi que era normal ter medo. Aprendi que coragem não é não ter medo, é não ceder ao medo". Transportando a lição para a sua função de presidente do Sporting afirmou: "Claro que avalio a ameaça mas, de certa forma, se cedesse a uma ameaça ia ter de colocar o meu lugar à disposição. Ia falhar, não estava preparado para ser presidente do Sporting nesse caso"
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