Amigos descrevem Renato Seabra como uma “pessoa humilde e pacata” e não acreditam que mantivesse um relacionamento de cariz homossexual
carlos castro
A entrada de RenatoSeabra no mundodamodasurpreendeu alguns dos amigos em Cantanhede, onde o modelo residia, e até causou preocupação. "Não era o mundo dele. Era humildepacato. Até o alertámos para ter muito cuidado para não se perder", conta uma amiga do jovem, do clube em que Renato jogou basquetebol vários anos.
Ao ser confrontada com a notícia do homicídio, ficou em choque. "Ele vai ser queimado na praça pública", lamenta. Mas acredita que "deve ter sido levado ao extremo para fazer uma coisa daquelas".
Raphael Cardoso, ex-colega de escola e de equipa no BasquetebolClubedeCantanhede, tem uma opinião semelhante: "Algo de muito grave se deve ter passado para fazer aquilo." Com 21 anos, tal como o amigo, conhece Renato desde criança, quando "ainda era um miúdo gordo e reguila". Acompanhou-o depois na equipa de basquetebol, onde Renato era base. "Emagreceu, gostava de desporto e fazia um aparatofenomenalcomasmiúdas", recorda. Não acredita que Renato mantivesse uma relaçãohomossexual. Descreve-o como uma pessoacalma e garante nunca o ter visto "à pancada ou a ter uma atitude agressiva". E ficou "pasmado" ao saber do homicídio.
Na casa de Cantanhede, onde Renato vive com a mãe, que é enfermeira, e a irmã (médica e presidente da JSD de Cantanhede), domina o silêncio.
Renato Seabra era finalista de CiênciasdoDesporto, em Coimbra, onde jogou basquetebol, mas pretendia regressar à equipa de Cantanhede, onde treinava.
A última vez que esteve no clube foi há um mês e meio. "Estava com medo de se magoar nos treinos porque tinha trabalho em LondresNovaIorque", refere um membro do clube.
CONSULADO À ESPERA DA FAMÍLIA DO HOMICIDA
O Consulado de Portugal em Nova Iorque aguarda a chegada à cidade norte-americana de familiares de Renato Seabra, garantiu fonte da Embaixada em Washington. "Estamos a acompanhar a situação o mais perto possível que podemos. Tivemos notícia de que familiares [de Renato Seabra] viriam para cá acompanhá-lo. Ele vai precisar", referiu a mesma fonte. O Consulado em Nova Iorque, que está sem cônsul há largo tempo e é chefiado pelo chanceler António Pinheiro, tem estado em contacto directo com a polícia local, hospital, Gabinete Emergência Consular em Lisboa e familiares de Renato Seabra. Fonte da Embaixada em Washington adianta que o Consulado poderá facilitar contactos, mas caberá à família contratar um advogado para a defesa, o que nos Estados Unidos representa normalmente uma despesa avultada.
"APROXIMOU-SE DO CARLOS PARA GANHAR PROTAGONISMO"
Cláudio Montez, amigo de Carlos Castro há trinta anos, diz que o jornalista andava com o ego em alta e feliz, mas reconhece que Renato poderia ter outros interesses.
- Como soube da notícia?
- Fui acordado às quatro da manhã por alguém que me enviou uma mensagem. No início não acreditei, porque já recebi outras do género. Já tinham morto o Carlos várias vezes. Só acreditei quando a polícia de Nova Iorque me ligou.
- Que explicação encontra para o que sucedeu?
- Nenhuma. Nada fazia prever isto. As mensagens que o Renato enviava ao Carlos eram as típicas mensagens entre dois namorados. Ele dizia que o amava e que nunca o ia deixar. O Carlos estava com o ego em alta e feliz.
- Conhecia bem o Renato?
- Estive várias vezes com ele. Estivemos um fim-de-semana em Madrid os três. Era um rapaz muito educado, reservado e tímido. Para ele, estava sempre tudo bem. Era talvez um pouco calado.
- O que achava da relação deles?
- Sou amigo do Carlos há trinta anos, conheci-lhe várias relações e assisti a vários deslizes dele, mas esta relação era a menos suspeita. Sei que o Renato nunca se aproximou do Carlos por uma questão de dinheiro, por exemplo. Nunca lhe pediu nada, nem sequer uns ténis. O que havia era uma ambição de carreira muito grande, e acho que foi por isso que ele se aproximou do Carlos, para ganhar protagonismo.
- A relação que eles tinham era assumida por ambas as partes?
- Sim. Sei que numa viagem a Londres, há coisa de mês e meio, o rapaz chamou a atenção do Carlos que não era homossexual. Mas um jovem de 21 anos que aceita dormir com o Carlos e que lhe manda mensagens a dizer "amo-te muito" é o quê? Ele tanto dizia ao Carlos que nunca o deixaria como de repente lhe perguntava: "E no dia em que eu arranjar uma namorada?"
Reacção da imprensa à morte de Carlos Castro
renato seabra hospitalizado
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