A edição de hoje
O monarca sublinhou igualmente a importância da paz.
O rei Carlos III cumpriu, no dia de Natal, a tradicional mensagem natalícia da monarquia britânica, uma prática iniciada em 1932, aproveitando a ocasião para deixar um forte apelo à "reconciliação". A escolha das palavras não passou despercebida à imprensa internacional, sobretudo num ano marcado por sinais de reaproximação entre o monarca e o seu filho mais novo, o príncipe Harry, e por novas polémicas envolvendo o ex-príncipe André.
O discurso surge no final de um ano particularmente intenso para a Família Real. Em 2025, Carlos III e Kate Middleton registaram avanços significativos nos respetivos tratamentos contra o cancro, enquanto o reencontro entre o rei e o príncipe Harry — o primeiro em quase dois anos — alimentou expectativas de um possível entendimento familiar. Em paralelo, os últimos meses ficaram marcados pela revogação dos títulos do agora ex-príncipe André, na sequência do seu envolvimento no escândalo associado ao financista Jeffrey Epstein.
Perante este contexto, o monarca sublinhou a importância da "resiliência perante as adversidades", da "paz alcançada através do perdão" e da necessidade de valorizar a "compaixão e a reconciliação". Já na reta final da mensagem, Charles III voltou a insistir no tema do perdão, evocando valores cristãos universais: "Essa oração pela paz e reconciliação — de 'fazermos aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem' — que ecoou nos campos de Belém há mais de dois mil anos, continua a ressoar hoje, no mundo inteiro."
Recorde-se que, numa entrevista à BBC em maio, o príncipe Harry afirmou que "adoraria reconciliar-se" com o pai. As relações entre o Duque de Sussex e o resto da família real deterioraram-se desde 2020, altura em que Harry e Meghan Markle abandonaram as funções reais e se mudaram para os Estados Unidos.
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