A readaptar-se novamente a Portugal, a atriz revela as dificuldades que encontrou no regresso ao país e lembra o processo de separação. “Separei-me há um ano e meio e estou melhor agora do que estava há dois anos” , contou à 'Vidas'.
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Regressou há cerca de um ano a Portugal, depois de ter vivido no Brasil. Que balanço é que faz?
Para mim voltar foi bom. Por mais que nos mudemos e gostemos de viver noutro lugar, nunca somos efetivamente desse lugar. Devido a esta mudança, fiz uma pausa nos meus projetos profissionais. Tive a sorte de poder fazê-lo. O meu pai ajuda-me com os miúdos.
Como foi a adaptação da Mel e do Martim?
A Mel foi logo para a escolinha, mas com o Martim foi um processo diferente. Primeiro, comecei por deixá-lo duas horas na creche, a seguir quatro. Depois veio a pandemia e estragou tudo. Agora só voltam à escola em setembro.
Tem ajuda com as crianças?
Para mim era essencial ter uma babysitter. No Brasil sempre tive uma pessoa que me ajudava. Em Portugal tive dificuldade em arranjar. Encontrei essa pessoa há dois meses. Já me dá a liberdade para trabalhar e estar à vontade. Mas teve muito trabalho... Foi uma decisão pensada, mas foi uma trabalheira. Tive de me organizar e resolver muita burocracia. Quis adaptar bem os meus filhos a Lisboa. Senti que não podia começar logo a trabalhar.
Recusou projetos?
A TVI ligou-me numa sexta para começar a ensaiar na segunda para a novela ‘Amar Demais’, mas tive de recusar. Ainda não tinha uma estrutura para os meus filhos que me permitisse estar a trabalhar. Expliquei-lhes a situação e eles compreenderam.
Reencontrou muitos amigos?
Reatei os laços com os amigos de sempre, aqueles que tenho desde os 15 anos. São sete/oito pessoas da minha vida que voltaram a estar mais presentes. A essência é a mesma, não mudou.
No campo profissional foi igual?
Senti sempre que os laços profissionais que acontecem nos projetos não perduram. Criam-se as amizades porque estamos a trabalhar, mas depois mudamos e muda tudo. Tenho um carinho enorme pela Sofia Ribeiro, que encontrei em diversas ocasiões no Brasil.
Decidiu mudar o apelido para Rodiles [antes apresentava-se como Mafalda Pinto]. Vai manter?
Vou manter a mudança de nome. Quando fui para o Brasil, o nome Mafalda Pinto não era muito bonito nem engraçado para usar. Não valia a pena, até por motivos de piada. Rodiles era o apelido da minha avó. É um nome diferente. Hoje em dia, dizem Mafalda Pinto e parece que já nem sou eu.
Que balanço faz da vida no Brasil?
Estive lá nove anos. Foi a melhor experiência que tive até hoje. Curei o meu transtorno alimentar e fui mãe. Foram dois marcos muito grandes para mim e estão relacionados. Passei a ser outra pessoa.
Terminou o seu casamento [com o realizador Edgar Miranda]. Como foi o processo?
Separei-me quando o meu filho tinha um ano. Já estava a fazer terapia porque quando o Martim nasceu eu não estava a conseguir distribuir a atenção dele com a minha filha. Coincidiu todo e fez-me muito bem. A terapia ajudou-me imenso. Passei bem pelo processo de separação. Vi-o como uma mudança e uma nova oportunidade.
Saiu magoada?
Acho que a experiência nos dá outra maturidade. Uma pessoa de 20 anos não lida com o fim de uma relação da mesma maneira que uma de 40. Já fui ansiosa. Lembro-me do meu primeiro namorado e ter aquela pressão de dar certo. Não era bom. Temos de ir vivendo o um dia de cada vez.
Como é que se sente agora?
Separei-me há um ano e meio e estou melhor agora do que estava há dois anos. Não posso ficar mal só porque não deu certo. Tenho de estar bem para os meus filhos.
A Mel e o Martim acabaram por perder o contacto físico com o pai com a mudança para Portugal. De que forma é que estão a gerir as coisas?
O Edgar mora no Brasil e trabalha muito. Já sabemos que nos vamos ver duas/três vezes por ano. Quando me separei, o contacto da Mel e do Martim com o pai já não era diário. Ele também concordou com a vinda para Portugal. Eu teria sempre mais apoio cá e estaria melhor em Portugal. Para mim não fazia sentido ficar no Brasil só para eles verem o pai uma vez por semana.
Que planos têm em mente?
Ando a ver casas. Terei de mudar até porque estou na minha casa de solteira. Temos dois quartos e vou precisar de mais um. Queria ter uma casa com mais espaço para as crianças. O meu objetivo é voltar a trabalhar como atriz.
Apaixonar-se está nos planos?
Sinto-me preparada para ter uma relação. Tem de ser uma pessoa muito especial até por causa dos meus filhos. Eles são a minha prioridade.
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