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João Manzarra: “Gostava de ser um ídolo de Portugal”

Aos 23 anos, João Manzarra tem brilhado na apresentação de ‘Ídolos’, ao lado de Cláudia Vieira. Com modéstia, desvaloriza o seu protagonismo

16 de janeiro de 2010 às 10:30

Aos 23 anos, João Manzarra tem brilhado na apresentação de ‘Ídolos’, ao lado de Cláudia Vieira. Com modéstia, desvaloriza o seu protagonismo e pretende melhorar a sua ‘performance’. Romântico assumido, adora surpreender as mulheres e imagina, com um sorriso nos lábios, o dia em que vai ser pai.

- Pedro Boucherie Mendes disse que o João foi a revelação deste ano na apresentação. O que é que esse elogio representou para si?

- Foi uma surpresa. Sempre nos demos bem, e eu sabia que ele gostava de me ter como profissional nos projectos dele, mas fiquei a pensar nas suas palavras... Estou contente com o meu trabalho, e é muito bom ouvir essas coisas, mas se pensarmos bem não há muitas pessoas que tenham aparecido, ou seja, também não tenho muita gente a concorrer directamente comigo. Eu apareci, fui bom, fiz o meu trabalho, e é óptimo saber que as pessoas estão contentes e muito satisfeitas.

- Concorda com ele?

- Para mim é muito gratificante o reconhecimento, mas também há pessoas com muito potencial. Mas tendo em conta os projectos que me deram e o sucesso que têm tido, OK, concordo.

- Na sua opinião, porque é que a SIC tem apostado tanto em si?

- Há duas coisas que têm resultado. A primeira delas é a dedicação que tenho aos projectos que me têm dado. Vivo-os intensamente e trabalho muito para que as coisas corram bem. Depois, há outra parte, que não é trabalhada e que também resulta bem, que é a empatia que as pessoas criam comigo. Essa é a parte que mais me assusta porque, como é uma coisa que não trabalho e não consigo controlar, a qualquer momento posso perdê-la. Mas têm apostado em mim, acima de tudo, porque tenho cumprido.

- O ‘Ídolos’ está a corresponder às suas expectativas?

- O ‘Ídolos’ superou tudo aquilo que eu pudesse imaginar. Agora que sei o que é de facto o ‘Ídolos’, o quão contente eu fiquei na altura em que me disseram que eu o ia apresentar, agora ia ficar dez vezes mais. É um programa absolutamente fantástico de apresentar. É muito bom fazer parte desta família. Trabalha-se muito bem, com grande profissionalismo e com uma parte humana que para mim é fundamental. Há pequenos pormenores por parte da produção que marcam a diferença, essencialmente no humanizar do programa. Uma das produtoras deu-me a dica para quando abrimos o envelope dizermos logo o nome da pessoa que vai sair, para não aumentar o sofrimento ou a tensão.

- Qual é a sua opinião quanto à qualidade do grupo?

- O grupo de concorrentes é muito genuíno, dão-se todos muito bem, e eu com eles também tenho uma relação de amizade. Com alguns dou-me quase diariamente, trocamos mensagens e na noite de Natal liguei a todos. Criou-se, realmente, uma cumplicidade. Foi um risco que quis correr, porque acho que as coisas podem funcionar até melhor assim. A nível de talento, acho que tivemos tudo. Há uns que são muito bons e há outros que são excepcionais, e às vezes até fico emocionado e arrepiado de os ouvir cantar.

- Pensa que já houve injustiças no programa?

- Eu nunca vejo pelo lado da injustiça, devido à quantidade de votos que o programa tem recebido. Nós queremos um ídolo popular e o melhor índice que podemos ter é o voto das pessoas. Uma pessoa pode cantar descaradamente melhor do que outras, no entanto, se lhe falta carisma ou aceitação do público por algum motivo é. Portanto, julgo que nunca há uma injustiça, tendo em conta que quem decide é o público.

- Já lhe apeteceu consolar um concorrente depois de um comentário um tanto mais agressivo?

- Não só apeteceu como já aconteceu. Já aconteceu acabar um comentário do júri numa parte da Cláudia e eu, logo a seguir, ir a correr ter com o candidato para dar a minha opinião, uma palavra de conforto. É recorrente.

- Na sua opinião, alguns comentários negativos são excessivos?

- Na maioria das vezes, temos os nervos à flor da pele no programa. Dizemos as coisas que saem na altura. Há que ter isso em consideração. Nada do que o júri diz está previamente definido. As irritações deles, a opinião, ou o que quer que seja, nasce no calor do momento – e penso que é o que humaniza mais o programa.

- Qual é o seu concorrente favorito?

- Não vou responder. Eles próprios sabem, é uma coisa que falo com eles. Talvez no fim do programa. Agora não quero condicionar aquilo que pode ser a opinião do público.

- Qual foi, entretanto, o momento que mais o marcou?

- Houve dois: a 1ª saída dos 15, que representou o desconstruir de um grupo que já existia há muito tempo, com laços muito fortes; e a saída do Salvador. Houve muita emoção, e para mim é isso que é o ‘Ídolos’.

- E em termos musicais estritos?

- Gostei muito da interpretação da Catarina, que cantou Beyoncé.

- Como é a sua relação com os concorrentes?

- Eu tento não me dar mais com uns do que com outros. Partilho-me ao máximo com todos os concorrentes mas, naturalmente, há uns com os quais me identifico mais. Posso dizer que há alguns que vão continuar a ser meus amigos e que vão lá jantar a casa.

- Foi publicado que o João teria uma relação amorosa com a Carolina Torres. Como reagiu a isso?

- De início achei graça, pelo ridículo que era. Foi uma notícia sem qualquer tipo de fundamento e que podia pôr algumas coisas em causa, como a minha aproximação aos concorrentes, que até ali tinha corrido bem. Eu sou o apresentador e eles são os candidatos. Jamais me passaria pela cabeça envolver-me com uma concorrente. Eu e a Carolina acabámos por conversar um com o outro e resolveu-se tudo. A partir de então, estamos sempre a brincar e tratamo-nos por "ex-namorado" e "ex-namorada".

- A Cláudia Vieira foi uma surpresa para si?

- Acaba por não ser uma surpresa, porque eu sempre tive uma boa impressão dela; mas, de facto, não esperava que fosse tão forte o nível de cumplicidade e o prazer que tenho ao estar com ela.

- Também é amigo do Pedro Teixeira [namorado da apresentadora]?

- Sim, e ainda bem. Eu e o Pedro damo-nos muito bem. Ele ri-se muito das minhas brincadeiras e sabe que quando eu me meto com a Cláudia é sempre a brincar.

- É um ‘tio’ babado?

- Sou. Soube-me muito bem quando a Cláudia me veio contar, em jeito de confissão, que estava grávida. Foi um momento muito importante. Depois, tenho acompanhado todos os passos da gravidez. Eu próprio fico muito emocionado com tudo. Sinto-me mesmo o tio da bebé e, sinceramente, espero que corra tudo bem.

- A gravidez da Cláudia não lhe despertou um efectivo desejo de ser pai?

- Ser pai é um objectivo de vida que tenho mas a gravidez da Cláudia não fez com que quisesse ser pai mais cedo. Antes pelo contrário, assim vão nascendo bebés aqui e ali e dará para compensar.

- Como é que se imagina enquanto pai?

- Às vezes as pessoas dizem-me que vou ser um pai espectacular, e isso deixa-me muito contente. Fico sempre com um sorriso na cara. Quando for o momento vou cumprir. Acho que vou ser um pai à semelhança do que o meu pai é comigo. É um pai ao máximo, muito bom amigo, muito atento, que me mima muito e que está sempre disponível para tudo.

- Como é que tem de ser a mãe dos seus futuros filhos?

- Na curta experiência que tenho de vida, nas relações que vou tendo, apercebo-me de que as pessoas são muito diferentes umas das outras e não consigo, de forma alguma, indicar o que gosto mais ou menos numa mulher. Às vezes até podem ser as pequenas coisas, que podem ser más, que mais me agradam.

- Está solteiro?

- Sim, estou solteiro.

- É romântico?

- Sim, sou romântico. Adoro fazer surpresas. Há uns tempos levei uma pessoa a voar de helicóptero. Foi bonito. A minha carteira é que não gostou muito. Mas a pessoa adorou. As coisas só valem a pena ser vividas se forem com intensidade, e nessa intensidade tem de haver muito romantismo.

- Gostava de se casar?

- Sim, mas só se fosse com um bolo de três andares...

- Como tem sido a experiência de morar sozinho?

- Cada vez gosto mais dos meus momentos sozinho. Tenho aspirado muito, é a minha tarefa de casa favorita. Chega a ser quase uma coisa maníaca. Estou sempre, sempre a aspirar. Tenho cozinhado muito menos do que aquilo que gostaria. Chego tarde a casa, e depois não tenho tempo de ir às compras. E nunca faço a cama, penso que é perder tempo. Adoro convidar amigos, gosto que gostem da minha casa.

- É assediado na rua?

- As pessoas metem-se muito comigo. Falam muito sobre os candidatos e sobre os jurados. Querem saber a minha opinião e dão a opinião delas, e às vezes dizem coisas que me chocam um bocadinho. Tenho o papel de os defender e protegê-los ao máximo. Também há a parte do carinho das pessoas, que é muito bom.

- Considera que transmite aos portugueses a sua verdadeira personalidade?

- Tudo o que eu transmito é verdade. Depois, há outras coisas que eu não quero transmitir mas que também fazem parte de mim.

- Quais são os seus próximos projectos profissionais?

- Foi com o ‘Ídolos’ que eu percebi que quero fazer carreira como apresentador, independentemente da duração. Sinto que me faltam muitas coisas para isso, nomeadamente a nível técnico e até cultural. Gostava muito de ter espaço e tempo para aprender. Quero formar-me nesta profissão. Tenho a segurança de que a seguir ao ‘Ídolos’ vou ter mais trabalho e projectos. Não sei qual é a dimensão mas isso não me melindra absolutamente nada, desde que me identifique com eles.

- Gostava de ser um ‘ídolo’?

- Gostava. Se um ‘ídolo’ é conseguir que determinadas pessoas admirem o que eu faço, gostava de ser um ‘ídolo’ de Portugal. Para mim, é bom saber que as pessoas me admiram.

- Como é que os seus amigos reagem ao seu sucesso?

- Eu tento partilhar ao máximo com os meus amigos o que estou a viver. Gosto do interesse deles de me acompanharem, de verem o programa, de criticarem. Eu sinto que dentro do meu grupo de amigos eles não têm nada a apontar-me. Continuo a ser o bom e velho ‘Joni’, que é assim que eles me chamam. Sinto que eles têm orgulho em mim e isso é tão bom quanto as palavras do Boucherie.

- E a sua família?

- O orgulho que os meus amigos sentem, a minha família sente dez vezes mais. Às vezes até acho um bocado tonto, porque eu continuo a ser exactamente a mesma pessoa. Isto é um trabalho que é reconhecido de mais e isso às vezes também me assusta um bocadinho. Eu não vejo o meu trabalho como sendo mais difícil que muitos outros. Da parte dos meus pais acho natural, é o menino deles que aparece na televisão e que toda a gente fala. Mas não me sinto nem excepcional nem genial. Sinto que faço bem aquilo que faço.

NA INTIMIDADE

- Quem é que gostaria de convidar para um jantar a dois?

- Ricky Gervais [actor inglês, protagonista da série ‘O Escritório] era diversão garantida. Penso que me iria divertir muito e não haveria o perigo de as mulheres olharem mais para ele do que para mim.

- ‘Não consigo’ resistir a...

- Corpetes, fica tudo mesmo tão arrumadinho!

- Se pudesse, o que mudava em si, no corpo e no feitio?

- No feitio, era menos preguiçoso, no corpo queria mais um centímetro de dedos.

- Sinto-me melhor quando...

- Corro de manhã.

- O que não suporta no sexo oposto?

- Quando estão mais de dez minutos ao telefone.

- Qual é o seu pequeno crime quotidiano?

- Quando vou para a cama, levo sempre o secador de cabelo para debaixo dos lençóis.

- O que seria mesmo capaz de fazer por amor?

- Era capaz de pedir uma dose de torradas e ceder as duas fatias do meio, que são, de facto, as minhas favoritas.

- Complete: "A minha vida é...

- ... a única que gostava de viver."

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