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Na mira da Justiça! Príncipe Harry acusado de "comprar provas" no processo contra o 'Daily Mail'

O filho mais novo do Rei Carlos III terá de esperar até 2026 para ver em tribunal o processo por difamação contra o jornal britânico. O caso já soma mais de 45 milhões de euros em custos legais.

14 de julho de 2025 às 08:00

O Supremo Tribunal britânico ordenou ao príncipe Harry que esclareça se efetuou algum tipo de "pagamento ou incentivo" para obter provas no âmbito do processo por difamação contra o 'Daily Mail'. A ação, que também envolve o cantor Elton John e outras cinco personalidades britânicas, acusa a Associated Newspapers, dona do tablóide, acusada de práticas ilegais como contratação de detetives particular para colocar escutas em veículos, acesso a chamadas telefónicas privadas e furtos.

A empresa nega todas as acusações e alega que o príncipe terá "oferecido ou pago" a detetives para colaborarem com a sua equipa jurídica. Um dos nomes mencionados é o de Gavin Burrows, alegadamente contratado por um valor 6 mil euros mensais.

Numa decisão proferida esta sexta-feira, 11 de julho, o juiz Nicklin criticou a forma como os queixosos apresentaram as provas, classificando a sua conduta como "desorganizada e contraditória", e considerando as explicações fornecidas "pouco credíveis".

O juiz sublinhou ainda que persistem "dúvidas relevantes" quanto à composição da equipa de investigação dos autores, à natureza dos documentos em sua posse e à transparência no fornecimento de informações.

Foi ordenada uma revisão exaustiva dos arquivos, com a entrega de qualquer material que possa comprovar envolvimento direto ou interesse de Gavin Burrows, ou de qualquer outro potencial testemunho, no processo. O julgamento está marcado para janeiro de 2026.

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