Ex-namorada de Cristiano Ronaldo acusa Gonçalo Quinaz, pai biológico do seu primeiro filho, de negligência. Espanhola denuncia ainda as ameaças e insultos de que tem sido alvo nos últimos anos.
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Sete anos após ter tido um filho com Gonçalo Quinaz, Nereida Gallardo continua de costas voltadas com o ex-futebolista e participante de reality shows, que nunca manteve relação com o filho. A criança foi, entretanto, adotada pelo atual companheiro da maiorquina, Carlos Vargas, que viu o tribunal confirmar os direitos de paternidade sobre Nairon, que passa a usar os seus apelidos, contra a vontade do pai biológico. A ex-namorada de Cristiano Ronaldo abriu o coração à ‘Vidas’ sobre a polémica.
Como viu a decisão do tribunal de confirmar a adoção do Nairon pelo seu marido?
Penso que fizemos as coisas da forma correta e o mais importante é que os direitos da criança estão protegidos.
Esta guerra já se arrasta na Justiça desde 2015, altura em que o Gonçalo Quinaz pediu a revisão do processo e para exercer os seus direitos como pai. Tem sido desgastante?
Não é agradável, mas estamos tranquilos porque sempre fizemos as coisas certas. Às vezes, nesta história parece que a culpa de o Gonçalo não exercer os seus direitos como pai é minha, mas a verdade é que ele não é o pai legal porque não pediu para exercer os seus direitos quando a lei o protegia [mas apenas quando o filho já tinha cinco anos], não pode ser quando lhe dá na gana... Há prazos e neste caso os prazos já passaram há muito tempo.
Como tem sido lidar com este impasse nos últimos anos?
Sempre estivemos muito tranquilos. Só nestas últimas semanas, desde que o tribunal nos deu razão, é que tivemos de aguentar os insultos e ameaças nas redes sociais.
De quem partem as ameaças?
Do Gonçalo e do seu núcleo familiar.
Temem pela segurança da vossa família?
A verdade é que depois de a Justiça nos ter dado razão começámos a ver publicações ofensivas, mensagens privadas de gente à sua volta, ameaças diretas, a dizer que estão perto de nós, que viram o meu filho sair do portão de casa, etc... Não temos medo, mas estamos preocupados e vamos denunciar todas estas ameaças e insultos.
Mas preocupa-vos o que possa acontecer no futuro?
Legalmente estamos tranquilos, porque a Justiça está do nosso lado. Agora, o que as pessoas podem fazer, como dizem... Só há uma coisa mais forte do que a Justiça, a maldade do ser humano. É uma pena... Falam muito de educação, mas é o que lhes falta a eles.
Recentemente, os vossos carros foram vandalizados, numa altura em que afirmam que Gonçalo estava em Palma de Maiorca, onde vivem. Acreditam que foi o autor?
Esse é um tema que está nas mãos da Guardia Civil, das seguradoras e da Justiça. São eles que vão decidir.
Nas redes sociais, o Gonçalo diz que é a Nereida que não permite que veja o filho. Como encara essas publicações?
Essa é uma grande mentira, culpar os outros pela nossa inércia. Ver um filho não é exercer o direito de pai, que é uma coisa que ele devia ter feito desde o primeiro minuto. Se ele disse que eu o impedia, então tinha ido para tribunal, e se lhe tivesse sido dado esse direito, então poderia estar com ele, cumprindo logicamente outras obrigações. Agora, ele não tem direito nenhum sobre a criança. É injusto culpares outra pessoa quando a lei te protege e foste tu que deixaste passar mais de cinco anos desde o nascimento do bebé para ir a tribunal. Agora, a Justiça protege o menor e a sua estabilidade.
Recordando a sua gravidez: quando soube que estava grávida, recebeu apoio do Gonçalo?
Não, chegou a perguntar-me se era um super-herói, que não era possível... Nessa altura, saí de casa dele e nem sequer veio atrás de mim. Ele não desejava este filho.
Foi a Nereida quem decidiu fazer um teste de paternidade [que deu 99,9% de compatibilidade genética com Gonçalo Quinaz]?
Não, eu sempre soube quem era o pai biológico do meu filho. Essa pergunta deveria ser dirigida a ele.
Quando o bebé nasceu, o Gonçalo demonstrou algum tipo de interesse em estar com o filho?
Não, porque se tivesse demonstrado esse interesse agora seria ele o pai legal do Nairon, porque mesmo que eu o quisesse impedir, por lei ele tinha o direito, naquele momento, de exercer os seus direitos de pai.
Nessa altura, tentou estabelecer contacto com o Gonçalo para promover um encontro entre pai e filho?
Ele sabia perfeitamente o que eu queria: que fosse pai, com os seus direitos e obrigações. E não que viesse vê-lo quando quisesse ou pudesse. O meu filho não é um jogo.
Alguma vez o Gonçalo contribuiu com dinheiro para a educação do Nairon?
Nem para a educação, nem para nada. Quem tomou conta do meu filho, desde o primeiro minuto, foi o meu atual marido, o pai legal do Nairon.
Quando o Carlos chega à sua vida, como é que se encontravam as coisas?
O Carlos era meu amigo há anos, não era um desconhecido, e viveu tudo de bom e de mau que me aconteceu e sempre me apoiou.
Quando iniciaram o vosso relacionamento, o Nairon tinha dois meses. Quando é que percebeu que o Carlos iria desempenhar o papel de pai do Nairon?
Quando o meu filho disse papá antes mesmo de dizer mamã. Foi o dia mais bonito da minha vida. Eles amam-se.
Quando é que o Carlos decidiu adotar o Nairon?
Depois de nos casarmos e quando soubemos que estávamos à espera de outro filho, ele propôs-me dar ao Nairon os seus apelidos. Foi algo que ele quis fazer e que fizemos de forma legal.
Como é a relação entre os dois?
No tenho nenhuma queixa da forma como o Carlos sempre tratou o Nairon, nunca lhe faltou o carinho e amor de um pai. Dão-se muito bem, falam muito...
O Nairon tem noção do que se passa, que tem um pai biológico e um adotivo?
Não. Para ele o seu pai é o Carlos, porque é quem sempre esteve lá para tudo. Logicamente, é algo que vai saber no devido momento, porque ainda é uma criança. Mas todos à nossa volta sabem que Carlos não é o seu pai biológico. É uma coisa que não lhe vamos esconder, mas nós somos os seus pais legais, os que sempre nos preocupámos com ele e somos nós que vamos decidir, apoiados por profissionais, quando será o melhor momento para que o Nairon saiba de tudo. Não queremos que isso o afete ou lhe cause instabilidade emocional.
Um dia vão, então, querer contar-lhe toda a verdade?
Sim, e quando ele souber a verdade, ele vai decidir o que quer fazer. E nós, como pais que queremos o melhor para ele, vamos apoiá-lo em tudo.
Como vai reagir se no futuro o Nairon quiser conhecer o Gonçalo?
Se esse for o seu desejo, não vamos ser nós a impedi-lo.
Em relação à vossa vida pessoal, conseguem que não seja afetada por tudo isto?
Claro que sim. Os nossos filhos têm de nos ver bem. Eles não são culpados pelas decisões que os adultos tomam.
Gostavam de ter mais filhos?
Nós adoramos os nossos filhos e fazemos tudo com eles. Mas não está nos nossos planos ter mais filhos.
Como está a vossa vida profissional em tempos de pandemia?
Não nos podemos queixar. Estamos a trabalhar, embora seja muito triste tudo o que se está a passar. E a verdade é que em Espanha o futuro de muitas pessoas vai ser difícil. Esperemos que a situação melhore e que em breve possamos voltar à normalidade.
Em que fase estão os vossos filhos?
A verdade é que crescem muito rápido. Dão-se bem e brincam muito. O Nairon ajuda muito a irmã e o importante é que continuem a crescer neste ambiente, que tenham saúde, valores, que os jovens de hoje em dia têm tudo e não dão valor a nada. Não é por lhes darmos tudo que somos melhores pais nem tão pouco eles melhores filhos.
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