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Nuno Lopes recusou acordo e pode ter julgamento com júri

Processo da justiça norte-americana está atrasado e tem documentos em falta.

29 de novembro de 2024 às 12:41

O ator Nuno Lopes, que há um ano foi acusado de violação pela guionista Anna Martemucci (conhecida no meio como A.M. Lukas), recusou um encontro com as partes e pediu mesmo para ir a tribunal. O julgamento, a acontecer, poderá ter júri. A decisão final não tem de ser unânime.

De acordo com o Observador, que consultou documentos do processo, o ator recusou uma conferência entre as partes a 1 de novembro. Além disso, terá pedido às entidades judiciais de Nova Iorque para ter um tribunal com júri, caso vá mesmo a julgamento. A.M. Lukas, a queixosa, avançou com o mesmo requerimento quando apresentou uma queixa contra o ator português, por violação, em novembro do ano passado. O pedido já não pode ser revertido.  

O processo conta com 192 potenciais testemunhas. Entre o rol, Nuno Lopes identificou uma como relevante para o processo — mas vive na Noruega.

O Observador ouviu uma especialista que defendeu que o ator pode ter "interesse em prosseguir com esse modelo, já que nos Estados Unidos a decisão do tribunal de júri num processo cível não tem de ser unânime. Uma vez que tem de ser a autora da queixa a provar o alegado crime — fica com o ónus da prova —, basta que dois dos seis jurados decidam pela defesa de Nuno Lopes para que o ator seja absolvido". 

Todavia, o processo está com algum atraso já que durante mais de meio ano o tribunal não conseguiu notificar oficialmente Nuno Lopes. Numa primeira tentativa de notificação, a morada do ator em Portugal não foi encontrada. Na segunda, não recebeu a notificação por causa de um erro - indicava que era um cidadão brasileiro.

Recorde-se que o episódio terá alegadamente acontecido durante o Festival de Cinema de Tribeca de 2006, que nesse ano teve uma edição portuguesa. A.M. Lukas, que se identifica como pessoa não-binária e usa os pronomes 'them/they', diz ter conhecido Nuno Lopes a 28 de abril na festa de estreia do filme 'To the End of the Night', de Eric Eason. Lukas teria 24 anos e Nuno Lopes 27. Na altura, o ator estudava em Nova Iorque. A realizadora alega ter consumido algumas (poucas) bebidas, mas terá começado a sentir o corpo "estranhamente pesado" e a cabeça “a flutuar”, acabando por terminar a noite no apartamento do ator.

No dia seguinte, não se lembrava de nada da noite anterior mas desconfiou ter sido violada, o que a fez dirigir-se a um hospital para realizar testes, que confirmaram as suas desconfianças. Terá depois questionado o ator, que confirmou o envolvimento sexual mas garantiu que a relação foi consentida. 

 O ator negou sempre ter violado ou colocado drogas na bebida de A.M. Lukas.

Não é claro se a realizadora pediu ou não uma quantia monetária para manter o caso longe dos holofotes mediáticos, já que os advogadpos de ambas as partes desmentiram-se mutuamente em relação a este ponto. Outro dos pontos fundamentais passa pelo argumenot de que Lukas terá recorrido a um hospital para ser observada após a suposta violação, o que - a confirmar-se - deveria ter dado automaticamente origem a uma investigação do Ministério Público, mas não há qualquer autor ou documento que o comprove. O mesmo acontece com os documentos que poderiam comprovar que a suposta vítima procurou apoio a nível de saúde mental, já que estes terão sido feitos em clínicas que, ou já fecharam, ou destruíram os ficheiros antigos ou não facultaram os seus registos.   

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