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O último adeus ao cineasta António-Pedro Vasconcelos

Figuras das cultura e da política juntaram-se à família e aos amigos em homenagem.

09 de março de 2024 às 01:30

Familiares, amigos, fãs e muitas personalidades do mundo da cultura, das artes e da política prestaram esta sexta-feira uma última e sentida homenagem ao cineasta António-Pedro Vasconcelos, cujo funeral se realizou no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, cumprindo-se o seu último desejo: ir para o talhão dos realizadores, o mais próximo possível do seu eterno amigo José Fonseca e Costa.

Poucos minutos antes do derradeiro adeus, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou aos Prazeres declarando ao CM que António-Pedro Vasconcelos foi uma das pessoas “mais talentosas, livres, independentes, cultas e frontais na forma como defendia as suas causas na rádio, na televisão, na TAP e no cinema”.

“Um realizador que teve grandes audiências, o que lhe custou ter menos subsídios e não ser bem entendido por alguns camaradas de profissão. Achavam que era um bocado diletante. Mas não era. Percebeu que havia um espaço para o cinema do povo, do grande público e trabalhou nisso durante décadas”, acrescentou. Do quadrante político, estiveram ainda presentes Pedro Nuno Santos (PS), que passou pela capela do Cemitério dos Prazeres logo pela manhã, e o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. Os atores Diogo Morgado, Ivo Canelas, Soraia Chaves, Margarida Vila Nova, Lídia Franco, Miguel Monteiro, Salvador Nery, Ana Brito e Cunha, mas também o músico Samuel Úria, o fadista Camané ou o humorista Nuno Markl, foram alguns dos muitos que se juntaram a familiares e amigos próximos de um dos mais conhecidos e amados mestres do cinema português.

Luto pelo filho impediu-o de lutar

António-Pedro Vasconcelos sofreu, em julho de 2023, um desgosto terrível: a morte do filho Diogo Schmidt Vasconcelos, engenheiro agrónomo, que aos 48 anos sofreu um acidente fatal com um trator. Fontes próximas do cineasta garantiram à ‘Flash’ que a trágica perda tirou ao realizador o “ânimo de viver” e “envelheceu-o muito” nos últimos meses, afetando a sua capacidade de lutar contra a pneumonia que lhe roubou a vida aos 84 anos. O cineasta deixa dois filhos, a diretora de casting Patrícia Vasconcelos e Pedro Jaime Vasconcelos, do primeiro casamento, e seis netos. Diogo Schmidt, filho do segundo casamento, com a jornalista Teresa Schmidt, vivia com os pais e não deixou descendência.

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