Biografia não autorizada da princesa das Astúrias revela um passado de drogas, sexo e aborto. Casa Real está em silêncio
Quando, em 2002, Felipe de Espanha se apaixonou por uma jornalista, o seu pai encarregou os Serviços Secretos de vasculharem o passado daquela que, um dia, poderá ser a rainha de Espanha. No entanto, Juan Carlos estava longe de imaginar que, hoje, o relatório fosse a base da biografia não autorizada ‘Letizia Ortiz: Una Republicana en la Corte del Rey Juan Carlos I'. De Isidre Cunill, o livro - lançado em Espanha no dia 6 pela editora Chronica e que está esgotado - expõe a imagem de uma mulher que nada se adequa ao papel que Letizia, de 38 anos, desempenha na monarquia espanhola.
O passado da princesa, que o rei aceitou em silêncio, está envolto de dúvidas e, por isso, Cunill tem sido alvo de críticas, que o acusam de se basear em boatos. Porém, o jornalista espanhol garante que a obra está assente em "documentos oficiais do Centro Nacional de Inteligência".
Em "um compêndio o mais exaustivo possível sobre todos os segredos mais bem guardados de D. Letizia", Cunill revela que a princesa terá feito um aborto quando viveu em Guadalajara, México [na altura, o aborto era ilegal]. "No início de 1996 tem complicações com uma gravidez, e aborta no Hospital Medica Sur", diz o relatório. Na altura, Letizia estava casada com Alonso Guerrero Perez, seu ex-professor e com quem chegara a ser detida por posse de haxixe. Mas, segundo o autor, a relação não estaria bem. "Para a salvar, Alonso implorou-lhe que tivessem um filho. Muitos suspeitam que foi aí, depois do aborto, que ela decidiu fazer uma laqueação de trompas", escreve Cunill, deixando no ar uma suspeição, uma vez que, posteriormente, a princesa foi mãe.
A questão do aborto é, talvez, a mais polémica de um "escandaloso passado republicano e agnóstico", onde não faltam traições. Aliás, Cunil escreve que quando Felipe se apaixonou pela mulher, esta mantinha uma relação com o jornalista David Tejera. "O príncipe era conhecedor da relação", escreve Cunill, que não deixou de lado o ‘choque' entre o rei e a nora. "Não há confronto (...). Simplesmente, ausência de feeling".
PRIMEIRA UNIÃO PELO REGISTO CIVIL
Letizia conheceu Alonso Guerrero Perez quando frequentava o ensino secundário. Ele era seu professor e tinha mais dez anos do que ela. Os dois casaram-se em 1998, pelo Registo Civil, mas acabaram por se separar um ano depois. Esta relação continua a dar muito que falar, até porque expõe a sua alegada ligação às drogas e a um aborto ilegal.
O JORNALISTA DA POLÉMICA
Isidre Cunill tem 54 anos e é referido como jornalista de investigação. O seu nome está agora no centro de uma polémica depois de, no dia 6, ter lançado o livro sobre o passado de Letizia. Cunill, que trabalhou nas revistas ‘Tiempo' e ‘Interviú' (onde fez reportagens sobre a ETA), assegura que a obra não é um ataque à princesa: "O passado republicano e agnóstico, a faceta sindicalista e a ideologia de esquerda fazem parte da Letizia Ortiz que mostro."
DISCURSO DIRECTO
Nuno da Câmara Pereira, Fadista, ex-deputado e monárquico
CM - Na obra, é revelado o passado republicano de Letizia, que acabou por casar pela Igreja. Como encara esse facto?
Nuno da Câmara Pereira - Essa é a grandeza do Cristianismo, da pátria e da monarquia. É a redenção do Homem ao poder de Deus.
- Que repercussões poderá ter na monarquia?
- Vai ser positivo. Mostra que na Terra não há deuses. Torna a monarquia mais comum, mais sentimental. A dita monarquia, que em Inglaterra padece do contrário.
- Porque acha que Juan Carlos aceitou o passado de Letizia?
- Porque acreditou no amor do filho e da nora. Ele acha, e muito bem, que não tem de julgar na Terra o que os homens vão pagar lá em cima.
Quando, em 2002, Felipe de Espanha se apaixonou por uma jornalista, o seu pai encarregou os Serviços Secretos de vasculharem o passado daquela que, um dia, poderá ser a rainha de Espanha. No entanto, Juan Carlos estava longe de imaginar que, hoje, o relatório fosse a base da biografia não autorizada ‘Letizia Ortiz: Una Republicana en la Corte del Rey Juan Carlos I'. De Isidre Cunill, o livro - lançado em Espanha no dia 6 pela editora Chronica e que está esgotado - expõe a imagem de uma mulher que nada se adequa ao papel que Letizia, de 38 anos, desempenha na monarquia espanhola.
O passado da princesa, que o rei aceitou em silêncio, está envolto de dúvidas e, por isso, Cunill tem sido alvo de críticas, que o acusam de se basear em boatos. Porém, o jornalista espanhol garante que a obra está assente em "documentos oficiais do Centro Nacional de Inteligência".
Em "um compêndio o mais exaustivo possível sobre todos os segredos mais bem guardados de D. Letizia", Cunill revela que a princesa terá feito um aborto quando viveu em Guadalajara, México [na altura, o aborto era ilegal]. "No início de 1996 tem complicações com uma gravidez, e aborta no Hospital Medica Sur", diz o relatório. Na altura, Letizia estava casada com Alonso Guerrero Perez, seu ex-professor e com quem chegara a ser detida por posse de haxixe. Mas, segundo o autor, a relação não estaria bem. "Para a salvar, Alonso implorou-lhe que tivessem um filho. Muitos suspeitam que foi aí, depois do aborto, que ela decidiu fazer uma laqueação de trompas", escreve Cunill, deixando no ar uma suspeição, uma vez que, posteriormente, a princesa foi mãe.
A questão do aborto é, talvez, a mais polémica de um "escandaloso passado republicano e agnóstico", onde não faltam traições. Aliás, Cunil escreve que quando Felipe se apaixonou pela mulher, esta mantinha uma relação com o jornalista David Tejera. "O príncipe era conhecedor da relação", escreve Cunill, que não deixou de lado o ‘choque' entre o rei e a nora. "Não há confronto (...). Simplesmente, ausência de feeling".
PRIMEIRA UNIÃO PELO REGISTO CIVIL
Letizia conheceu Alonso Guerrero Perez quando frequentava o ensino secundário. Ele era seu professor e tinha mais dez anos do que ela. Os dois casaram-se em 1998, pelo Registo Civil, mas acabaram por se separar um ano depois. Esta relação continua a dar muito que falar, até porque expõe a sua alegada ligação às drogas e a um aborto ilegal.
O JORNALISTA DA POLÉMICA
Isidre Cunill tem 54 anos e é referido como jornalista de investigação. O seu nome está agora no centro de uma polémica depois de, no dia 6, ter lançado o livro sobre o passado de Letizia. Cunill, que trabalhou nas revistas ‘Tiempo' e ‘Interviú' (onde fez reportagens sobre a ETA), assegura que a obra não é um ataque à princesa: "O passado republicano e agnóstico, a faceta sindicalista e a ideologia de esquerda fazem parte da Letizia Ortiz que mostro."
DISCURSO DIRECTO
Nuno da Câmara Pereira, Fadista, ex-deputado e monárquico
CM - Na obra, é revelado o passado republicano de Letizia, que acabou por casar pela Igreja. Como encara esse facto?
Nuno da Câmara Pereira - Essa é a grandeza do Cristianismo, da pátria e da monarquia. É a redenção do Homem ao poder de Deus.
- Que repercussões poderá ter na monarquia?
- Vai ser positivo. Mostra que na Terra não há deuses. Torna a monarquia mais comum, mais sentimental. A dita monarquia, que em Inglaterra padece do contrário.
- Porque acha que Juan Carlos aceitou o passado de Letizia?
- Porque acreditou no amor do filho e da nora. Ele acha, e muito bem, que não tem de julgar na Terra o que os homens vão pagar lá em cima.
SAIBA MAIS
México
Em 1996, Letizia Ortiz viveu no México, onde terá feito um aborto, segundo um relatório dos Serviços Secretos. Na altura já namorava há quase dez anos com um seu antigo professor, com quem se casou em 1998.
2002
A jornalista conhece Felipe de Espanha mas só em Novembro de 2003 a casa real espanhola emite um comunicado a anunciar o noivado. O casamento acontece a 22 de Maio do ano de 2004.
2005
No dia 31 de Outubro desse ano, a princesa das Astúrias deu à luz a infanta Leonor, segunda na linha de sucessão da coroa espanhola. A segunda filha de Letizia e Felipe, a infanta Sofia, nasceu a 29 de Abril de 2007.
PERFIL
Plebeia
Letizia Ortiz nasceu a 15 de Setembro de 1972 e é filha de uma enfermeira e de um jornalista. A má relação com as cunhadas, a suspeita de anorexia e um passado escandaloso tornam a princesa uma mulher polémica.
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