Feliz a fazer o que mais gosta, teatro e televisão, a actriz está prestes a separar-se do namorado, João Rodrigues, que vai estudar para Roma.
Feliz a fazer o que mais gosta, teatro e televisão, a actriz está prestes a separar-se do namorado, João Rodrigues, que vai estudar para Roma. Sem pudores, Sara Prata confessa que não pensa numa relação para o resto da vida.
- Como é que foi regressar ao teatro com a peça ‘As Muralhas de Elsinore', passados sete anos?
- Foi muito bom. No dia da estreia estava muito feliz, o sorriso não me saía da cara. É uma sensação muito boa voltar ao palco. Quando o pano abriu, foi uma descarga de adrenalina brutal e isso não acontece na televisão. Apesar de existirem outras situações e emoções, é no teatro, sem dúvida nenhuma, que se vive mesmo o amor intenso. É maravilhoso. Tinha muitas saudades.
- Se é uma paixão tão grande, porque é que ficou tanto tempo sem pisar o palco?
- Não surgiu a oportunidade. Hoje em dia, os jovens actores são um bocadinho descredibilizados. As grandes companhias têm um elenco fixo, não há grandes projectos onde se possam agarrar jovens, então fica difícil ir em busca. Além disso, a adaptação ao mundo da televisão também é difícil. São muitas horas de trabalho. Então, tem de haver uma margem para a pessoa se habituar. Até esta oportunidade surgir eu não me sentia com coragem de conciliar as duas coisas. A minha grande necessidade de voltar ao teatro foi superior ao medo de não aguentar em termos físicos e de horários.
- Como é que surgiu o convite?
- ‘As Muralhas de Elsinore' já estiveram em cena no Teatro de Oeiras com a actriz Laura Galvão. Entretanto, surgiu a oportunidade de ir para o Teatro Experimental de Cascais. Como a Laura não pôde continuar, surgiu a proposta. Fiquei radiante. Gosto muito do trabalho deles e sinto-me à vontade com todos.
- Quando surgiu o convite já estava na novela ‘Espírito Indomável'. Não pensou adiar o seu regresso ao teatro, mais uma vez?
- Nem pensar. Disse-lhes no imediato: "Contem comigo. Quero muito estar com vocês. Só por me terem convidado, o meu sim é garantido." Empenhei-me a 100%, como sempre, e está a saber-me muito bem esta entrega.
- Na peça, tem três personagens: uma prostituta, uma louca e uma rainha assassina. Qual delas deu mais gozo interpretar?
- Todas me deram gozo, mas todas me deram um trabalhão. É difícil separá-las. Mudar de uma para outra é uma grande correria. Na terceira mudança olhei ao espelho para trocar a maquilhagem e até me assustei, parecia um boneco assassino.
- E em termos emocionais, como é que se gere?
- Faz parte. Tem de se trabalhar a emoção. A partir do momento em que elas falam há um ‘click' e eu entro no seu universo.
- Antes da estreia houve muito nervosismo?
- Muito. Fui gravar nesse dia e no final todos me desejaram boa sorte. Aí entrei em pânico, só queria vomitar. Não estava a conseguir controlar a minha emoção. Depois, fui para casa, acalmei-me e fui para o teatro tranquila.
- Nesse dia, contou na plateia com inúmeros amigos e com o seu namorado, João Rodrigues...
- Sim, foi muito bom. Eles são muito meus amigos e estavam todos a torcer por mim. Soube-me muito bem a presença do João e de grandes amigos.
- Como é que faz para conciliar as gravações com a peça?
- Não há muito a fazer. As gravações são das 8h às 19h, o teatro das 22h às 23h30...
- Não se sente cansada?
- Há a ajuda de vitaminas e tento cuidar de mim, descansar o máximo de tempo possível. Tenho 26 anos, se não fizer isso agora não o vou fazer mais. Estava com muita vontade e vou conseguir conciliar.
- As gravações da novela continuam a correr bem?
- Muito bem. Estou numa fase muito feliz. Estou a conseguir fazer duas coisas de que gosto muito.
- A sua personagem quer roubar o namorado a outra rapariga...
- É verdade. Não se escolhe a paixão [risos].
- Já lhe aconteceu isso?
- Nunca me aconteceu, mas sei que essas situações existem.
- Neste momento, a sua vida privada está em segundo plano, portanto...
- A minha vida pessoal neste momento é o meu trabalho.
- Não sente que está a perder uma parte importante da sua vida?
- Não. Custa não poder ir à praia e não ir de férias com os meus amigos mas daqui a uns meses também posso.
- E há tempo para namorar?
- Não tenho namorado muito porque estou em Lisboa e o João está em Braga, ele está a trabalhar no ‘Pacha' de Ofir.
- Como é que fazem para estar juntos?
- Às vezes vou ter com ele, outras é ao contrário. Todos os momentos que conseguimos, estamos juntinhos. A nossa relação sempre foi vivida na base do trabalho. O João conhece-me e sabe que o trabalho tem uma grande importância para mim. Conciliamos as coisas muito bem e sabemos lidar com a distância. Eu já estive duas vezes no Brasil a trabalhar, já estive a estudar em Los Angeles, estamos habituados. Temos uma relação muito aberta.
- As saudades são muitas?
- Fazem parte, tornam as coisas mais especiais.
- O João vai estudar para Roma, vão estar ainda mais separados...
- Sim, a nossa relação é mesmo assim. Eu não o castro. Nunca vou dizer que não aos seus objectivos nem ele o fará com os meus. Temos 26 anos, somos pequeninos, estamos a crescer. Seria desumano haver uma limitação.
- Apesar de ser jovem, já imagina o João como o homem com quem vai ficar para sempre?
- Não penso nisso. Estou com ele agora, ponto.
- Não falam no futuro da vossa relação?
- Não. Para mim, o futuro é amanhã. O que importa é o meu presente. Não há nenhuma pressão, senão já vivíamos juntos.
- Entretanto, no ano passado, revelou que iria estudar para Madrid. Mudou de ideias?
- Não, surgiu a oportunidade de ir para Los Angeles e preferi ir. Juntei-me ao João Cajuda, à Helena Costa e à Mariana Monteiro. Juntei o mês que tinha livre para estudar e ter férias. Soube muito bem. Foi maravilhoso. Madrid está aqui ao lado, fica para a próxima.
- Já foi considerada por actores mais velhos como a grande promessa da sua geração. É uma grande responsabilidade?
- Sinto-me envergonhada porque sou muito pequenina ao lado deles.
- Mas a verdade é que desde que se estreou nos ‘Morangos com Açúcar', em 2005, nunca parou...
- Só tenho a agradecer por isso. Este meio é difícil, mas também é necessário ir em busca. Eu procuro certezas no meu trabalho. Gosto de receber parabéns, mas também gosto de dá-los a mim própria. Gosto de estar orgulhosa do meu trabalho e, para isso, tenho de me dedicar. Continuo à procura da evolução.
- Outra das implicações de ser actriz é mudar de visual de papel para papel.
- Acho o máximo. Não havia melhor forma de entrar na Becas [personagem de ‘Morangos com Açúcar'] se não tivesse crista e o bico na testa. Porque é que há dificuldade em aceitar-se um teste de imagem? É o que exteriormente aquela pessoa é!
- No final do ano passado fez uma operação estética às orelhas. Era mesmo uma necessidade?
- Sim. Quero ser actriz e seria muito horrível se tivesse de fazer uma tragédia com o cabelo apanhado. Durante todo o meu percurso tive de pedir para me taparem as orelhas. Era uma questão pessoal, o meu próprio espelho, mas também era profissional. Agora sinto uma liberdade incrível.
- A operação correu bem?
- Correu, apesar de ter sido dolorosa. Quero deixar claro que uma operação estética não deixa de ser uma intervenção cirúrgica. Cada vez mais as operações estão na moda e as pessoas lançam-se sem pensar duas vezes, tem contras, tem dores, medos...
- Neste momento sente-se a 100% com o seu corpo?
- Sim. Não mudaria mais nada em mim.
- Como lida com o mediatismo inerente à sua profissão?
- Lido bem, tento ter sempre um sorriso para as pessoas que me encontram na rua. Mas continuo a ser a Sara, se precisar de espaço, sem magoar, peço licença, porque acima de tudo somos humanos. Mas respeito muito o meu público.
- Como é a Sara fora dos ecrãs?
- Sou super predisposta, sou honesta com quem tenho de ser, sou Leão, amo aqueles que amo, odeio aqueles que odeio. Tenho medos, mas faço deles os meus objectivos. Tento transformar as coisas numa realidade. Dedico-me muito porque sei que se fizer hoje, amanhã vou colher.
- Como é a relação com a sua família?
- É maravilhosa. Saí de casa aos 15 anos para estudar teatro em Cascais. A minha mãe abraçou logo a ideia. O meu pai ainda tentou demover-me, mas quando percebeu que era mesmo o que queria, apoiou-me a 200%. Hoje em dia tenho a certeza de que eles estão orgulhosos.
- Hoje mora sozinha?
- Sim. É óptimo. Sempre vivi com amigos. Neste momento estou mesmo sozinha, posso deixar as meias para um lado, o copo para o outro e arrumar quando quiser. Descobri o meu porto de abrigo.
- E com as lides domésticas, tem uma boa relação?
- Muito boa [risos]. Sou o caos, mas ao mesmo tempo sou arrumadinha.
INTIMIDADES
- Quem gostaria de convidar para um jantar a dois?
- Combinava com o João [Rodrigues], depois ele enganava-se e entrava noutro restaurante e eu jantava com o Johnny Depp.
- Não consigo resistir a...
- ... gomas. Se pudesse, estava sempre a comê-las.
- Se pudesse, o que mudava em si, no corpo e no feitio?
- No corpo, já mudei as orelhas. No feitio, deixava de ser tão teimosa. Os meus amigos estão-me sempre a chamar a atenção.
- Sinto-me melhor quando...
- ... tenho a certeza de que estou a fazer aquilo que é certo.
- O que não suporta no sexo oposto?
- Cada vez são menos românticos. Estão sempre agarrados à Playstation.
- Qual é o seu pequeno crime diário?
- Quando o despertador toca, ponho sempre mais cinco minutos.
- O que seria capaz de fazer por amor?
- Ir a Braga três vezes numa semana só para ver o João.
- Complete. A minha vida é...
- ... uma maravilha. É tudo o que eu quero. Sou muito feliz.
PERFIL
Sara Prata tem 26 anos e integra o elenco da novela da TVI ‘Espírito Indomável'. Até dia 29, está em cena no Teatro Experimental de Cascais com a peça ‘As Muralhas de Elsinore'. Estudou teatro e estreou-se em televisão em 2005 com a série ‘Morangos com Açúcar'.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.