A mulher de Rui Patrício faz um balanço dos dias em isolamento e mostra-se com esperança em relação ao futuro...
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Como é que está a ser vivido este período de quarentena?
Confesso, sempre que tomamos conhecimento do número de vidas que perdemos em todo o Mundo todos os dias, por causa deste vírus, deixa-nos a todos tristes. O esforço de todos os profissionais que estão ativos no combate ao vírus, bem como aqueles que têm de trabalhar para garantir os bens essenciais à população, é o que nos enche de esperança que dias melhores se avizinham. Eu, o Rui [Patrício] e os meus filhos temos feito aquilo que nos compete, ficar em casa! Zelar por nós, pela nossa família e pelo Mundo.
O que é que tem sido mais difícil de gerir nesta fase?
Não estar junto da minha família. Tinha a sorte de estar com a minha família com regularidade, mas neste momento tentamos colmatar com chamadas de vídeo diárias, apesar de não nos podermos abraçar. Em breve tudo ficará bem! Os meus filhos sentem muito a falta da escola, da família e dos amigos que deixaram no Reino Unido. Como são muito pequenos, ainda não conseguem entender bem o que está a acontecer no Mundo. Tentamos explicar-lhes que neste momento não podemos estar com a família para os proteger de não ficarem doentes.
Redobrou cuidados em relação aos seus pais e aos seus sogros?
Tanto os meus pais como os meus sogros estão em isolamento. Consideramos que pertencem a uma população de risco e, por isso, devemos ter mais cautela na sua proteção. Estamos aqui para aquilo que for necessário.
Está a conseguir trabalhar?
Neste momento, o único trabalho que mantenho é a escrita. Para artigos que me solicitam no âmbito da psicologia, e a crónica mensal de psicologia que tenho numa revista. O projeto enquanto apresentadora de televisão [programa ‘Anatomia de Vénus’] no canal S+ está em pausa.
Viajaram em família recentemente do Reino Unido para Portugal. Como correu a viagem?
A viagem em si correu bem. Ao chegar a Portugal, o impacto da paragem completa no aeroporto foi impressionante, arrepiante. Não tivemos dificuldade em chegar, apenas vimos um medidor de temperatura corporal quando já estávamos para sair. Todos os profissionais com os quais nos cruzámos no aeroporto estavam a usar máscara e sentimos que os portugueses estavam a fazer aquilo que lhes era pedido.
Sentem-se protegidos em Lisboa?
Sentimo-nos melhor estando perto da nossa família. Saber que, se for preciso algo, nós estamos por perto.
Como é que as crianças estão a lidar com a situação? Sente que este período é também um desafio para os pais? E para o casal?
Estão a lidar bem! Estar com os pais 24 horas por dia acho que é um sonho para qualquer criança. Para nós, foi um desafio nos primeiros dias, para nos organizarmos enquanto pais, e enquanto casal. Foi necessário adaptar rotinas, mas acho que estamos a ser bem-sucedidos em ambos os papéis. Esta quarentena é uma experiência ótima para as famílias se tornarem mais unidas.
Já tem planos para os próximos meses ou está a aguardar pelo regresso da vida à normalidade?
Não fazemos planos, porque acabamos por não ser nós a decidir o rumo das coisas. Não sabemos o que vai acontecer nos próximos dias e por isso não conseguimos planear muito além da semana seguinte.
Tencionam voltar a Inglaterra?
Sim, quando o meu marido tiver de se apresentar no clube [Wolverhampton] para começar a treinar novamente.
Tem estado muito ativa nas redes sociais. É uma forma de descomprimir?
É uma forma de estarmos todos mais próximos e de nos ajudarmos. Tento partilhar ideias de atividades que faço com os meus filhos, refeições, e dicas, procurando fazer um bocado de companhia e partilha de ideias para quem está do outro lado. Troco mensagens com algumas pessoas que sinto que precisam de uma palavra de conforto. Se todos nós, psicólogos, fizermos isto, vamos melhorar o bem-estar das famílias em isolamento.
Que outras atividades está a conseguir pôr em prática neste período?
Faço exercício físico todos os dias. Considero primordial para estar bem mentalmente. Desenvolvi mais conhecimentos de culinária. E faço pesquisas regulares de atividades de desenvolvimento para os miúdos, seja comportamental, de criatividade, de expressão plástica, entre outras áreas.
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