Dicas importantes para o verão: saiba como deve conservar a comida em dias de calor
Temperaturas elevadas potenciam o risco de intoxicações alimentares.
A má conservação dos alimentos potencia o risco de intoxicações alimentares no verão, altura do ano marcada por temperaturas altas. Segundo o La Voz de la Salud, as bactérias patogénicas multiplicam-se com maior facilidade quanto mais elevada for a temperatura ambiente, abaixo dos 5º C o seu crescimento tende a reduzir e acima dos 63º C as bactérias começam a destruir-se.
A mesma fonte refere que as intoxicações alimentares mais comuns, devido ao mau armazenamento dos alimentos, são provocadas pelas bactérias Listeria, Campylobacter, Salmonela, Yersinia e Escherichia coli.
Ao conservar os alimentos, deve respeitar a temperatura de armazenamento indicada. Por exemplo, a temperatura do frigorífico não deve ser superior a 5º C, enquanto que, a do congelador deve estar, pelo menos, a - 18º C.
“Respeitar a temperatura de armazenamento e conservar os alimentos que requerem refrigeração é absolutamente necessário, porque os microrganismos patogénicos multiplicam-se muito bem à temperatura ambiente”, explicou a tecnóloga alimentar e nutricionista, Beatriz Robles, citada pelo La Voz de la Salud.
De acordo com esta explicação é preciso considerar que os alimentos cujas preparações não exijam temperaturas elevadas representam um maior risco. São exemplos os produtos de origem animal crus ou quase crus, como os alimentos marinados, em conserva ou os carpaccios. A necessidade de refrigeração aplica-se igualmente a produtos de charcutaria, patés e salmão fumado.
Segundo Beatriz Robles, os alimentos cozinhados também devem ser armazenados no frigorífico. A nutricionista indica que em dias de temperaturas muito altas, os alimentos podem ser deixados a temperatura ambiente no máximo por uma hora. Em dias com temperaturas mais amenas, a comida cozinhada pode ficar fora do frio durante um período máximo de duas horas.
Enquanto a fruta e os legumes podem e devem ser deixados na gaveta do frigorífico, a carne e o peixe devem ser armazenados nas prateleiras mais frias deste eletrodoméstico, uma vez que, são alimentos ricos em variadíssimos nutrientes e o risco de desenvolvimento de bactérias é maior. Curiosamente, os ovos não devem ser deixados nos compartimentos da porta do frigorífico porque ficam expostos a mudanças de temperatura sempre que se abre e fecha a porta do mesmo. Além disto, os ovos só devem ser retirados do frio quando vão ser consumidos. Por exemplo, se tiver no frigorífico uma caixa com meia dúzia de ovos e só quer cozinhar dois deles, só deve retirar do frio esses dois ovos. Já depois de cozidos e ainda com a casca não devem ser passados por águas muitas vezes, uma vez que a humidade pode potenciar o desenvolvimento de salmonella.
As temperaturas altas também têm impacto no prazo de validade de alguns alimentos. Por exemplo, a massa e o arroz só duram um dia após cozinhados. As carnes cozinhadas dois a três dias e o peixe três. Se a carne e o peixe estiverem crus, podem ser consumidos, respetivamente, num prazo de dois a quatro dias e um a dois. O leite e as bebidas vegetais, após abertas duram um máximo de três dias.
Como conservar os alimentos em casa
De acordo com o La Voz de la Salud, o frigorífico e congelador devem ser bem limpos. A limpeza do seu fundo deve ser feita, pelo menos, uma vez por mês. Antes de colocar os alimentos no frio, deve ler a etiquetas e rótulos de cada um deles para ficar a conhecer as condições de conservação, os prazos de validade e preferências de consumo. Os alimentos devem ser armazenados em recipientes fechados. Entre os alimentos deve existir espaço. Nem o frigorífico, nem o congelador devem estar cheios. Na gaveta debaixo do frigorífico devem ficar as frutas e legumes, nas prateleiras do meio os alimentos cozinhados ou descongelados, na parte superior os laticínios e os ovos e nos compartimentos da porta as bebidas.
Depois de cozinhados, não se esqueça que os alimentos devem ser guardados no frio para que não se estraguem. Não só evita o desenvolvimento bacteriano como também o desperdício alimentar.
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