Os alimentos que podem ajudá-lo a viver até ao 100 anos e os que podem contribuir para uma morte prematura
Investigadores controlaram a ingestão alimentar de mais de 11 mil adultos com idade média de 48 anos.
Um novo estudo indica que manter uma dieta rica em frutas, leite e nozes pode dar-lhe mais hipóteses de viver até aos 100 anos, de acordo com o Daily Mail.
A dieta mediterrânea é considerada o segredo para que italianos e espanhóis tenham vidas longas e saudáveis, além de baixas taxas de obesidade e doenças relacionadas à dieta.
Segundo investigadores espanhóis, seguir 'religiosamente' o plano — que inclui carne magra, aves, grãos e uma variedade de frutas e vegetais — pode reduzir o risco de morte prematura em mais de um quinto. Os especialistas descobriram, ainda, que as frutas, laticínios, nozes e óleos insaturados como azeite ou óleo de girassol são alimentos cruciais para reduzir o risco de mortalidade.
Por outro lado, o estudo indica que o consumo regular de refrigerantes e doces pode aumentar as possibilidades de morte prematura.
Os autores do estudo pedem que se considere adotar uma dieta mediterrânea, dadas as "vantagens substanciais para a saúde e o planeta" e a menor probabilidade de sofrer uma morte prematura.
A professora assistente de saúde ambiental na Universidade Autónoma de Madrid, Mercedes Sotos Prieto, refere que a "maior adesão à dieta foi associada a menor mortalidade por todas as causas".
No estudo, os investigadores controlaram a ingestão alimentar de mais de 11 mil adultos com idade média de 48 anos. Cada um recebeu pontuações com base no consumo de 15 grupos alimentares da Dieta da Saúde Planetária (PHD) e no quanto seguiam uma dieta mediterrânea.
O plano alimentar PHD, publicado na The Lancet há cinco anos, é uma dieta rica em vegetais e pobre em carne, projetada para reduzir o risco de doenças e o impacto da agricultura nas mudanças climáticas e no mundo. Envolve consumir cerca de 2.500 calorias por dia.
A dieta mediterrânea, por sua vez, envolve carne vermelha magra, quantidades moderadas de laticínios, frutas, vegetais, grãos integrais, azeite, peixe, nozes, sementes e leguminosas.
As descobertas, apresentadas esta sexta-feira, na conferência anual de Cardiologia Preventiva da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Milão, mostram que uma maior adesão à dieta PHD e mediterrânea está associada a um menor risco de morte.
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