Artigo exclusivo
Entre fobias, stress pós-traumático ou ataques de pânico, Portugal é o país europeu com maior prevalência nas perturbações de ansiedade.
Jorge Gouveia não vai ao cinema há anos. O barulho das salas escuras faz-lhe "confusão à cabeça" e lembra-lhe "aquilo". Vive atento a qualquer ruído, uma autodefesa que desenvolveu quando estava "lá". Passa muitos dias em casa, mudo. "A mulher está lá na vida dela e eu estou num canto sentado, com a cassete na cabeça a pensar naquilo." Ainda tem pesadelos à noite, atira almofadas "pelo ar" e grita. "Aquilo" e "lá" é a guerra colonial, onde esteve dois anos e de onde regressou em 1969. "Ninguém se preocupou se eu vinha tuberculoso, com problemas. Despacharam -nos", lamenta-se. Nos 25 anos seguintes, sentiu "qualquer coisa", indefinível.
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